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Falar sobre os impactos e as possibilidades do uso de dados hoje em dia é chover no molhado. O futuro chegou e com ele muitos desafios. Mas ainda há um questionamento sobre o qual ainda paira certa confusão: qual a relação que as pessoas têm com seus dados pessoais?
Essa questão é um pressuposto para uma série de outros debates importantes que estamos fazendo atualmente. Quem decide o quê se pode fazer com quais dados? As respostas a essas questões não são fáceis. A depender das respostas que tivermos,diferentes modelos de negócios podem ser viáveis – ou inviáveis.
No setor de fintechs, tais questões ganham especial relevância no contexto das discussões recentes sobre open banking. Em linhas gerais, open banking é o movimento de empoderamento do consumidor no sentido de que está nas mãos dele decidir com quem ele compartilha seus dados financeiros. Isso permite a criação de novos modelos de negócio a partir da disponibilização desses dados pelas instituições financeiras a empresas terceiras. Com a disponibilização de dados financeiros a outras empresas,novos serviços podem surgir – alguns revolucionários.
Pense, por exemplo, na criação do Google Maps. O Google Maps tem uma API (interface de programação de aplicações, em português) aberta – isso significa que empresas terceiras podem ter acesso a ele, e desenvolver produtos e serviços a partir dele (vale dizer, a API é apenas uma das formas através das quais o compartilhamento desses dados pode acontecer). Uma das empresas inovadoras que surgiram do uso dessa API foi a Uber – que é uma das empresas que está revolucionando a maneira como nos transportamos. Esse exemplo ilustra como o uso destas APIs compartilhadas entre empresas pode ser um tremendo estímulo à inovação.
No contexto do open banking, além de serviços e produtos revolucionários que podem surgir a partir do uso de dados disponibilizados pelas instituições financeiras (com o consentimento expresso do consumidor, claro), temos a chance de empoderar a pessoas.
No contexto do open banking, além de serviços e produtos revolucionários que podem surgir a partir do uso de dados disponibilizados pelas instituições financeiras (com o consentimento expresso do consumidor, claro), temos a chance de empoderar a pessoas. Se elas forem as verdadeiras detentoras de seus dados, e puderem dizer quem pode usar suas informações financeiras, teremos a chance de construir modelos de negócios disruptivos com impactos reais na vida das pessoas . A discussão sobre open banking não é apenas uma discussão técnica, mas um debate importante sobre qual o sistema financeiro que queremos. O melhor sistema financeiro, acredito, é aquele que empodera as pessoas e que as permite fazer boas escolhas.
Por Renata Feijó
Fonte: Canaltech
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