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Você é criativo (a), só talvez não saiba disso ainda

Renato Navas, Estrategista de Conteúdo da AB2L, fala sobre como a criatividade é apenas a consequência de algo maior
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Young and graceful ballet dancer isolated on pink studio background in neon light. Art, motion, action, flexibility, inspiration concept.
Imagem: Freepik

Texto de Renato Navas, para o Observatório AB2L

Próxima quinta, dia 21, é o Dia Mundial da Criatividade e Inovação. A data foi definida em 2017, quando foi proposta pelas Nações Unidas como um meio de aumentar a conscientização sobre o papel da criatividade em todos os aspectos do desenvolvimento humano. Para um #ab2lover como você, sabemos que é chover no molhado dizer que criatividade está em todo lugar. Ainda assim, que tal a gente refletir sobre como a criatividade, que já é a responsável pelo sucesso de muitos dos nossos projetos, pode nos ajudar a ir além?

O texto de hoje é escrito por um publicitário, não por um advogado. E nossa, como eu vejo advogados subestimando a própria criatividade. Se você está nesse grupo, saiba que não está sozinho. Por incrível que pareça, essa frase também é bastante repetida por alunos de publicidade, ainda que essa seja, a priori, a principal característica dos publicitários. Acontece que criatividade é algo comum a todos os seres humanos. É como comer: pode até ser que você coma tudo errado, de boca aberta ou sem mastigar direito, e que seja comum que as pessoas digam “olha lá, ele/ela não sabe comer”. Pode até ser que você internalize isso e passe a dizer para as pessoas que não sabe comer. Mas você sabe, só não refinou sua habilidade. A boa notícia é que há caminhos para fazer esse refinamento.

Vamos começar falando do funcionamento do nosso cérebro. “Sinapse” é o que acontece quando dois neurônios “se encontram”, dando origem a um pensamento, que pode ser a lembrança de um jingle de um comercial que passava na TV em 2005 ou uma grande ideia do que fazer com aquele cantinho perdido da sua sala. É desse processo que vem a criatividade: Dois neurônios se grudam e “voilà”: temos uma ideia fabricada a partir da junção de referências que já existem, coisas que outras pessoas já pensaram ou fizeram e que você apenas sabia. Quem cozinha, sabe muito bem do que eu estou falando, “o tempero X fica bom com o ingrediente Y, por que não tentar com o ingrediente Z?”. Ser uma pessoa criativa é apenas sobre ter repertório, o resto o cérebro faz quase que sozinho.

É claro que há métodos que facilitam o processo criativo de unir referências em uma ideia original, mas acredito que seja mais relevante falar sobre os métodos para ter repertório primeiro. Muita gente acredita, ainda que de forma subliminar, que ter repertório é sobre moeda social, ou seja, sobre mostrar conhecimentos que ajudem a criar a imagem que você quer passar para os outros. Não é bem assim que funciona. Ter repertório é sobre acumular conhecimentos sem julgamento, onde quantidade é melhor do que uma suposta qualidade. É sobre saber diversificar conhecimentos para gerar um número maior de insights, que lá na ponta podem se transformar em algo palpável.

Já reparou que “diversidade” é um assunto cada vez mais comum no mundo corporativo? Não é à toa. Além do impacto social, grandes empresas já entenderam que pessoas diversas geram ideias diversas e melhor estruturadas. Essa dica vale para empresas e pessoas. Muitas vezes, nos prendemos em meios bastante homogêneos, de pessoas que pensam, agem e são bastante parecidas conosco. Como ser criativo em um ambiente tão confortável? Como serão geradas ideias se todas as referências são iguais? E aí nos encaminhamos para uma importante conclusão: Um “dia da criatividade” é uma excelente oportunidade não de nos questionarmos sobre se somos criativos ou não (todos podemos ser), mas de refletir sobre as nossas referências. Se na hora de colocarmos nossas referências em jogo falta repertório, talvez seja a hora de revermos outras coisas na nossa relação com o mundo. Converse, aprenda e discuta com o maior e mais diverso número de fontes possível. Nunca se sabe qual encontro de neurônios vai gerar uma grande sacada.

Do mais, para quem queira entrar mais no assunto, recomendo o excelente “Roube Como Um Artista – 10 Dicas Sobre Criatividade”, livro de Austin Kleon disponível em mídia física e digital, que dá dicas de como “roubar” ideias, criando repertório e adaptando para insights originais – em uma linguagem super divertida em um livro super ilustrado. Criatividade não é dom, é trabalho, mas um trabalho divertido. Uma jornada muito mais interessante e com resultados muito mais profundos do que você pode imaginar.

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