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Como nascem as startups

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O empreendedorismo está no sangue do brasileiro e desponta principalmente em épocas de maior dificuldade. Segundo dados da pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM), em 2020 o Brasil atingiu o maior patamar de empreendedores iniciais dos últimos 20 anos, com aproximadamente 25% da população adulta envolvida na abertura de um novo negócio ou envolvida em uma empresa com até 3,5 anos de atividade.

Mas acontece que empreender no País realmente não é uma tarefa para amadores tanto que, segundo o IBGE, cerca de uma em cada cinco empresas fecharam as portas com menos de um ano em operação. E, com cinco anos em operação, cerca de metade das empresas no Brasil já encerraram suas atividades.

Se em 2021 o seu grande objetivo é iniciar uma startup é necessário analisar alguns pontos muito importantes que com certeza ajudarão que esse novo negócio não se torne um pesadelo cheio de frustração e ressentimento.

O primeiro deles é refletir sobre qual problema que a empresa vai resolver – e de que maneira ele será resolvido. Caso você fique em dúvidas sobre essas questões fundamentais talvez nem valha a pena prosseguir com a ideia. Converse com amigos, faça pesquisas com potenciais consumidores e benchmark com concorrentes: os resultados dessas investigações ajudarão a refletir se vale a pena desenvolver um novo negócio.

O segundo ponto é analisar friamente as suas condições de entrar e ‘bancar’ essa ideia. Você tem conhecimento suficiente sobre a área? Quem você trará para ajudar? Em toda a minha experiência como empreendedor eu aprendi que mão de obra de confiança é mais do que necessária.

É como decidir abrir um restaurante, onde se sabe que é preciso ter um excelente cozinheiro e uma equipe de atendimento que conquiste os clientes. Você precisa ter uma equipe muito bem pensada, pois ela vai te acompanhar em toda essa jornada até que se decida vender o negócio. Como na maioria das startups o desejo de quem cria é transformá-la em um unicórnio, haverá muito trabalho até se atingir o objetivo.

A terceira questão é a financeira. Não adianta começar com uma boa quantia guardada e não ter a certeza de que o dinheiro está sendo bem empregado e, além de bem utilizado, é imprescindível ter atenção ao cumprimento de regras e condições necessárias para saber se realmente está indo bem ou não.

O quarto fator é ter uma boa dose de desapego. Quem começa pensa, na maioria das vezes, que esse negócio será o seu grande companheiro até o fim dos dias. Era o que eu imaginava que iria acontecer comigo. Além de ter a capacidade e o sucesso de criar a empresa, é necessário evoluir no sentido de saber que o negócio vai se perpetuar – e não necessariamente que você vai se consolidar com ele. É isso uma coisa que aprendi ao longo de anos de trabalho.

A quinta questão são os investimentos externos. Muitas vezes quando se começa uma startup se tem a visão que o negócio vai bem e já é hora de se pensar em um investidor, seja um anjo ou uma empresa de venture capital, para alavancar a operação.

Mas será que você está preparado para isso? Pode ser que não. Sim, essas pessoas ou empresas até ajudariam a crescer, mas impondo um custo e condições demais que podem até causar novos problemas.

É preciso ter muito cuidado para que esse investidor não seja uma pessoa ou empresa qualquer, que o coloque em uma situação de arrependimento, o que muitas vezes acontece. Eles costumam ter discurso de que, muito mais do que dinheiro, trarão conhecimento, mas na verdade é importante sempre desconfiar de promessas e lembrar que atrás desse investimento o que eles buscam mesmo é o retorno.

Para conseguir ser de fato, uma empresa de sucesso, é indispensável ter muita capacidade, competência no que está criando, ser muito inovador e ter uma parcela de muita sorte. Mas, qualquer um que conseguir o sucesso para fazer com que a empresa nasça e cresça bem com ou sem investimento traz uma grande realização para o idealizador do negócio.

*João Moretti, consultor na área de tecnologia, CEO da Moretti Soluções Digitais, presidente da ABIDs e fundador e sócio das startups AgregaTech, AgregaLog, Rodobank, Paybi e outros

Publicado originalmente em https://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/como-nascem-as-startups/

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