
A AB2L iniciou suas atividades em 2017 e, desde então, escreve os capítulos de uma história que tem muito para contar sobre o ecossistema de tecnologia jurídica.
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O Legal Design Thinking é um novo modelo que utiliza conceitos do Design, para propor soluções criativas e mais assertivas aos clientes.
Já é do conhecimento de todos que as inovações tecnológicas revolucionaram o cotidiano das pessoas e empresas. Mas você sabia que no meio jurídico, a principal tendência do momento reúne não só o direito e a tecnologia, mas também o design? Estamos falando do Legal Design Thinking.
De maneira resumida, o Legal Design Thinking é a aplicação do Design Thinking no Direito. O objetivo disso é que os problemas, tanto das pessoas, quanto das empresas, sejam solucionados de maneira criativa. Ou seja: esse modelo reúne a criatividade do Design, com as inovações tecnológicas, buscando facilitar ações cotidianas. Seu foco principal é a experiência do usuário, seja ele interno ou externo. Mas o mais importante de tudo, é que o Legal Design Thinking possui uma abordagem que envolve maior compreensão e empatia.
Para que seja possível compreender do que se trata a metodologia Legal Design Thinking é preciso esclarecer que o Design não se baseia apenas em questões estéticas. Ele envolve principalmente planejamentos e ações, para encontrar soluções. Reunindo esses tópicos com uma dose extra de criatividade e empatia, é possível encontrar formas inovadoras para resolver problemas complexos de pessoas e empresas.
Mas é preciso lembrar que não existe uma fórmula que se aplica a todos os casos. Pelo contrário, tudo depende das reais necessidades do cliente. Para isso, as pessoas são colocadas no ponto central e inúmeras informações são levantadas. Dessa maneira, é possível ter uma visão mais completa sobre o problema, para que se encontre a solução mais assertiva. A melhor forma de fazer isso, é seguindo 7 etapas:
Entendimento: o primeiro passo é levantar todos os dados possíveis sobre a questão, para que se compreenda qual é o real problema.
Observação: essa etapa envolve pesquisa e entrevista com os envolvidos. Nesse momento, é importante mostrar empatia e procurar enxergar a situação com outros olhos.
Ponto de vista: durante essa fase, é preciso reunir todas as informações levantadas para que se crie uma uniformidade no ponto de vista.
Ideação: o ponto de vista deve levar a soluções. Ou seja, nesse momento toda a pesquisa e análise prévia resultam em ideias.
Prototipagem: nessa etapa, as ideias começam a ganhar forma. Essa prévia é realizada para garantir que a solução não gere nenhum prejuízo.
Teste: esse é o momento de testar os protótipos. É importante ressaltar que os resultados podem ser positivos ou não. Se derem certo, eles se mantém. Caso contrário, ele deve ser entendido como parte do processo, sendo utilizado para melhorias.
Iteração: nesse momento, deve-se levar em consideração os feedbacks dos testes, adaptar o que for necessário e até mesmo refazer algumas etapas do processo, para que as soluções sejam o mais assertivas possível.
O primeiro benefício que o modelo Legal Design Thinking oferece é a melhora na qualidade do atendimento ao cliente. Afinal, ele se sente muito mais acolhido. Vale lembrar que a pessoa que busca por serviços jurídicos está enfrentando algum tipo de problema. Por essa razão, simples ações como ouvir o cliente, dar atenção e compreender suas necessidades se tornam tão importantes.
Do ponto de vista das empresas, o Legal Design Thinking também oferece vantagens, principalmente no que diz respeito a melhorias nos procedimentos cotidianos. Além, é claro, de aumentar o leque de possibilidades para a resolução dos problemas. Mas, mais do que isso, esse modelo também proporciona ao profissional um tempo maior para focar nos trabalhos intelectuais e oferecer um ótimo atendimento ao cliente. Ou seja: seu bem mais precioso é investido de uma maneira melhor.
Como o Legal Design Thinking pode ser focado tanto no ambiente externo, quanto interno, vamos passar dois exemplos simples de aplicação desse modelo. O primeiro deles diz respeito a problemas internos que um profissional de direito pode enfrentar. Imagine uma empresa que está com dificuldades com a comunicação com o cliente. Para resolver essa questão, o profissional/escritório substitui materiais extensos e com termos técnicos, por outros que sejam mais fáceis de compreender por pessoas que são leigas no assunto. Isso pode incluir palavras fáceis e mídias visuais, como fotos, vídeos, infográficos, entre outros recursos.
O segundo exemplo é um escritório que deseja otimizar o tempo de seus funcionários. Para isso, é feita a aquisição de softwares jurídicos. Mas não basta apenas ter essa nova ferramenta. É importante incluir a equipe nesse processo e ouvir cada um dos membros. Afinal, são eles que vão passar um feedback real, para saber se esse investimento está funcionando na prática.
Finalmente, é preciso ressaltar que implementar esse modelo pode não ser uma tarefa fácil, tendo em vista que ele ocasiona uma mudança de mindset no profissional. Mas com o tempo, estudando sobre o assunto, participando de eventos sobre Legal Design Thinking e incluindo esse tema no seu dia a dia, fica nítido o quanto esse modelo é positivo.
Se você gostou do assunto e quer aprender mais, inscreva-se no AB2L Law Disruption Week um evento inédito com os profissionais mais disruptivos e inovadores da justiça e do direito. Se você é um profissional que se preocupa com o futuro, você não pode perder!
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