A AB2L iniciou suas atividades em 2017 e, desde então, escreve os capítulos de uma história que tem muito para contar sobre o ecossistema de tecnologia jurídica.
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O valor investido em startups brasileiras por fundos de venture capital (capital de risco, que aplicam em companhias novatas) cresceu 207% em 2017 e atingiu o patamar recorde de US$ 860 milhões (cerca de R$ 2,86 bilhões). Em 2016, os investimentos haviam somado US$ 279 milhões (R$ 926,3 milhões).
Os dados são de um estudo que está sendo realizado pela Lavca (associação latino-americana de fundos de capital de risco).
Julie Ruvolo, diretora da entidade, aponta que o crescimento ocorreu tanto devido a transações com valores mais altos do que o patamar que o mercado estava habituado como também pelo aumento no número de operações.
No ano passado, fundos de capital de risco investiram em 113 companhias brasileiras, enquanto em 2016 haviam investido em 64.
Entre os investimentos que ajudaram a impulsionar o mercado estão os US$ 200 milhões injetados no aplicativo 99 e US$ 135 milhões na Movile, dona de serviços como iFood e PlayKids.
Neste ano, a primeira foi vendida para a chinesa Didi Chuxing, em negócio que avaliou a brasileira em
US$ 1 bilhão. Em março, a startup de visualização 3D Decora foi vendida por cerca de US$ 100 milhões.
Ruvolo diz que o avanço no valor dos investimentos é, em grande parte, impulsionado pela entrada de mais fundos estrangeiros na América Latina. Em 2015, 52 fundos apostaram na região. Já em 2017, foram registrados 80 fundos ativos.
Arthur Garutti, sócio da aceleradora de startups ACE (que apoia novos projetos com capital e estrutura), diz acreditar que o aumento do dinheiro dedicado à região é resultado da melhora de qualidade e da maior maturidade dos projetos locais.
Com isso, começaram a surgir os primeiros casos de sucesso, que atraíram novos investidores.
Empreendedores que acumularam patrimônio com suas startups estão se juntando a fundos e injetando mais recursos no mercado, segundo ele.
Garutti diz que o aumento de interesse do mercado por startups é sentido no cotidiano da aceleradora.
Todos os cerca de 20 projetos que receberam investimento da organização em 2017 conseguiram mais capital de outros fundos ou investidores individuais, diz.
Andrea Minardi, professora do Insper, diz que a busca das grandes empresas por mais inovação ajuda a dinamizar o mercado.
Para assimilar novas tecnologias, grandes companhias vêm criando seus fundos de capital de risco e se tornando candidatas a comprar startups no futuro, o que aponta para boas oportunidades para venda de ativos com lucros para os investidores, explica.
Mais capital no mercado pode impulsionar o surgimento de mais empresas de sucesso e, com isso, o ciclo segue se retroalimentando.
Com mais dinheiro disponível, passou a ser possível a empreendedores brasileiros ter projetos mais ambiciosos, diz Ruvolo, da Lavca.
Isso porque eles podem dedicar mais recursos para investir no crescimento de suas companhias (mesmo que tendo prejuízos temporários), em vez de se preocupar com lucratividade no curto prazo para garantir a sobrevivência do negócio.
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