A AB2L iniciou suas atividades em 2017 e, desde então, escreve os capítulos de uma história que tem muito para contar sobre o ecossistema de tecnologia jurídica.
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Programas para educar o mercado, fomentar o ecossistema e participar ativamente do processo de regulamentação brasileiro entre direito e tecnologia.
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Por Startups.com.br
É difícil mensurar realmente qual o impacto da tecnologia dentro de um setor, porém é inegável que seus avanços têm criado verdadeiras revoluções dentro dos mais variados segmentos. Se tratando do universo jurídico, não há como negar que nos últimos anos as inovações estão ocorrendo a passos largos. Esse movimento acontece principalmente por meio das chamadas lawtechs e legaltechs, empresas que têm a missão de desenvolver soluções que aceleram a digitalização do mercado, gerando economia de tempo e dinheiro.
Toda essa transformação se torna ainda mais essencial se analisarmos o funcionamento do meio jurídico no país, que sofre com altíssimo volume de processos ativos – no último relatório divulgado pelo Conselho Nacional de Justiça o número estava na casa de 80 milhões. O fato de não contarmos com sistemas integrados e com total transparência de dados e informações deixa a jornada e a resolução dos litígios demoradas e onerosas para toda sociedade. Não à toa, o Brasil hoje gasta o equivalente a 2% do seu PIB com a Justiça, enquanto o índice dos países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) é de apenas 0,5% em média.
Por conta desses fatos, não é de se estranhar que o uso da tecnologia ganha cada vez mais relevância no mercado. A Associação Brasileira de Lawtechs e Legaltechs (AB2L) registrou um aumento de 16% no número de associados no ano passado em relação a 2021. Esse panorama evidencia que as startups têm conquistado a confiança do setor para transformar a realidade atual, com soluções capazes de automatizar tarefas repetitivas e de melhorar a precisão dos serviços, gerando economia de tempo e dinheiro para todos os envolvidos.
Além de aperfeiçoar as atividades operacionais, as plataformas também permitem que os profissionais jurídicos deixem de ter um papel “robotizado”. Eles conseguem atuar de forma mais estratégica e analítica, já que possuem em suas mãos informações e previsões baseadas em dados fornecidos pelos softwares. Como consequência, é possível dizer também que o trabalho desenvolvido pelas legaltechs contribui para uma comunicação colaborativa entre advogados e clientes, tornando as tomadas de decisão mais assertivas durante o processo.
Vale ressaltar ainda o papel de destaque dessas empresas durante a pandemia. Com a necessidade repentina de digitalizar milhões de processos judiciais, as plataformas se tornaram fundamentais aos profissionais que precisavam acessar informações e dados de seus processos de forma simples.
Por todos esses avanços e benefícios, existe uma inevitável expectativa sobre a expansão do mercado de legaltechs nos próximos anos. No radar também há uma dúvida envolvendo o momento econômico do país, que pode acabar por encurtar a vida de algumas startups que ainda não alcançaram o break even – equilíbrio financeiro da empresa. No entanto, por mais que haja esse risco, acredito que o ano de 2023 poderá ser o início do processo de amadurecimento e consolidação das legaltechs, até porque já está claro que o uso da tecnologia dentro do setor jurídico é irreversível.
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