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B3 desenvolve plataforma para transações secundárias de startups

Infraestrutura será vendida em modelo white label para companhias de crowdfunding
Publicado em
201021flavia11
Flavia Mouta, diretora de emissores da B3: solução tecnológica para plataformas de crowdfunding — Foto: Silvia Zamboni/Valor

Publicação original, Pipeline, O Globo.

B3 encontrou um caminho para entrar mais cedo no universo das startups. Ao invés de criar uma bolsa para competir com plataformas de crowdfunding, a companhia decidiu muni-las de tecnologia para aumentar a liquidez desse mercado. Com a subsidiária B3 Digitas, a bolsa desenvolveu uma plataforma em modelo white label para uso de terceiros, que viabiliza a transação secundária por meio de tokenização.

“As companhias de menor porte estão no nosso radar desde sempre, mas não somos e não seremos uma plataforma de crowdfunding. É uma solução de tecnologia que estamos disponibilizando para transações subsequentes nas plataformas que já fazem as ofertas primárias”, diz Flavia Mouta, diretora de Emissores da B3, ao Pipeline.

As plataformas de crowdfunding Kria e EqSeed ajudaram a testar a tecnologia nos últimos meses. A B3 Digitas, que já é responsável pela infraestrutura do aplicativo de criptomoedas do banco Inter, coloca a operação no ar e atende aos chamados técnicos da plataforma de crowfunding contratante.

Como já tem a infraestrutura dentro de casa, o processo foi mais rápido e mais barato do que seria para cada operadora criar o sua. A B3 submeteu à aprovação da CVM, ainda que a responsabilidade sobre as transações dos investidores continuem com as plataformas.

A negociação secundária de participações em startups pelas plataformas passou a ser permitida em 2022, quando a CVM ajustou a regra para esse segmento. Algumas plataformas já vinham desenvolvendo suas próprias tecnologias, mas não chegaram a colocar no ar uma estrutura digitalizada.

“O que fizemos foi tokenizar o que era feito de forma analógica. Ao invés do contrato inteiro à venda, em que o interessado faz contato por telefone ou por email para comprar participação, a tokenização fraciona em participações, o que torna a experiência também mais digital”, diz Leonardo Resende, superintendente de Relacionamento com Empresas da B3.

“A plataforma faz o controle das titularidades dos tokens, quem são os donos. Quando a transação de venda acontece, o comprador tem um prazo determinado, configurável conforme a plataforma, para fazer a transferência via Pix e essa troca de titularidade só acontece após a confirmação de pagamento”, explica Jochen Mielke de Lima, CEO da B3 Digitas. “A forma de negociar tem uma sistemática diferente do nosso mercado tradicional. O vendedor pode escolher a oferta que lhe parecer melhor, não só por preço mas quantidade de tokens”, complementa Mouta.

A monetização da B3 segue um modelo de tarifação que varia conforme volume e customizações. A companhia não faz projeção do que pode ser o tamanho desse mercado secundário de crowdfunding.

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