
A AB2L iniciou suas atividades em 2017 e, desde então, escreve os capítulos de uma história que tem muito para contar sobre o ecossistema de tecnologia jurídica.
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Nos últimos anos o que mais vimos e ouvimos em grandes eventos da área do Direito é que o mercado passaria por grandes transformações digitais. Algumas transformações pareciam até futuristas, mas hoje são realidade. Essas mudanças vão desde o acesso remoto, que conecta equipes de qualquer lugar, até ferramentas robustas de inteligência artificial, que prometem transformar o dia a dia dos advogados.
Um dos exemplos mais visíveis dessa transformação é o Radar AB2L de Lawtechs e Legaltechs, que mapeia o crescimento de soluções tecnológicas impulsionadas pela transformação digital no Direito.
Se olharmos para os úlƟmos 25 anos (período que corresponde ao meu tempo de experiência profissional dentro de escritórios de advocacia), com toda certeza a transformação foi de enorme impacto, tanto pela questão tecnológica como na forma que os escritórios gerenciam as suas equipes e operam no dia a dia. E como já se sabe, essa mudança está apenas começando.
Lá nos anos 2000, a advocacia era mais tradicional e o funcionamento dos escritórios era baseado em três pilares:
Hoje, em 2025, o cenário mudou completamente. O escritório moderno é digital e estratégico:
Todas essas transformações não são “modismos”, mas respostas à demanda por serviços jurídicos mais qualificados, tecnológicos, eficientes e seguros, sem abrir mão da excelência técnica.
Esse processo de evolução tem revelado uma nova forma de pensar e estruturar o mercado jurídico, seja na operação de um escritório de advocacia ou na rotina de um advogado autônomo. E nesse contexto que surge a Central de Serviços Especializados (CSE): uma solução que responde aos desafios de hoje e preparada para o escritório do futuro.
As Centrais de Serviços Especializados para escritórios de advocacia são estruturas criadas para dar suporte operacional completo, permitindo que advogados foquem em atividades jurídicas e estratégicas do negócio. Elas podem funcionar internamente, dentro do próprio escritório ou serem terceirizadas para empresas especializadas. Suas soluções variam da operacionalização de áreas como TI e Financeiro, passando pela gestão processual até a implementação de tecnologias, como a inteligência artificial.
Esse modelo já é realidade em países como Estados Unidos e Reino Unido, fomentado pelas grandes bancas locais. Por lá, existem empresas especialistas em “backoffice” administrativo e jurídico, hubs de revisão e análise de documentos, centrais especializadas em compliance e LGPD, por exemplo.
No Brasil, alguns grandes escritórios e departamentos jurídicos já começaram a adotar o modelo CSE em suas operações. Contudo, os desafios não são dos mais simples. Ainda existe uma resistência cultural, onde advogados tradicionais ainda preferem controle total sobre seus processos e equipes, criando uma alta dependência de infraestrutura física e digital.
E é nesse cenário de novos desafios e oportunidades que a CSE se torna essencial.
Mais do que uma alternativa à terceirização, a Central de Serviços Especializados (CSE), é um modelo de colaboração inteligente. Uma solução estratégica para escritórios que querem ser mais competitivos em um mercado em constante transformação.
Ela traz:
Neste contexto, o escritório de advocacia do futuro já uma realidade: digitalizado, enxuto, flexível, com equipes altamente especializadas, com uma rede integrada de parceiros estratégicos – e é aqui que a Central de Serviços Especializados (CSE) se destaca, atuando como aceleradora de eficiência e inovação.
Importante lembrar: a Central de Serviços Especializados não substitui a advocacia tradicional — ela transforma a estrutura operacional do escritório, centralizando atividades de suporte administrativo, financeiro e, tecnológico, por exemplo. Ao fazer isso, a CSE libera os advogados para se dedicarem a atividades que gera valor: a prática jurídica estratégica e o relacionamento com clientes. Essa integração de áreas, combinada ao uso de tecnologias como automação de processos, análise de dados e inteligência artificial, torna o escritório mais ágil, eficiente e competitivo. Em vez de modificar a essência da advocacia, a CSE potencializa seus resultados, modernizando a operação sem comprometer a qualidade técnica ou a confiança que são pilares da profissão.
Depois de décadas acompanhando a transformação da advocacia – da digitalização dos processos à adoção de inteligência artificial – posso afirmar que o futuro do Direito não será solitário, mas sim colaborativo. Nesse novo cenário, a Central de Serviços Especializados (CSE) surge como o parceiro estratégico: é a ponte que liga a tradição jurídica à inovação, unindo tecnologia, gestão e eficiência para apoiar advogados e escritórios na construção de uma advocacia mais ágil, integrada e preparada para os novos tempos – garantindo que, mesmo em um mundo digital, o Direito siga sendo humano, estratégico e sustentável.
Juliana Perin é formada em Administração de Empresas, com especialização em Gestão na Advocacia. Possui MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e MBA em Gestão Estratégica na Advocacia pela Escola Paulista de Direito.
Com 26 anos de experiência, sendo 20 em cargos de liderança, atuou como Consultora Especialista no Comitê de Gestão em Escritórios da OAB/Jabaquara e como Professora Especialista no curso de Pós-Graduação em Administração Legal da UMESP.
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