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Tendências para o setor de Advocacia e Tecnologia em 2023

Texto de Andréia Andreatta, diretora de Marketing e Sucesso do Cliente da Preâmbulo Tech, exclusivo para o Observatório AB2L
Publicado em
Closeup of a plasma globe in the darkness
Imagem: Freepik

A tecnologia avança rapidamente nos mais diversos segmentos, proporcionando não apenas uma transformação digital, mas também cultural. Independente de qual seja a área, o profissional precisa acompanhar as constantes mudanças tecnológicas e se atualizar para se manter em sintonia com o mercado e clientes. 

Na área do Direito, as soluções tecnológicas são cada vez mais frequentes nos escritórios de advocacia e departamentos jurídicos de empresas. Além de ferramentas, como por exemplo, os softwares jurídicos, se o profissional precisa acompanhar e dominar os atuais conceitos tecnológicos e de gestão. Eles impactam na comunicação, no atendimento, nas relações sociais, nos negócios, nos processos de trabalho, no meio ambiente e na economia.

Importante lembrar que a tecnologia não substitui o trabalho humano na advocacia, mas pode ser uma ferramenta valiosa para aprimorar o trabalho dos advogados e tornar a justiça mais acessível e eficiente.

Nas minhas pesquisas diárias das movimentações no mercado jurídico, acompanhamento nas mudanças tecnológicas e cenário dos nossos clientes, venho apontar algumas tendências, divididas em cinco categorias: Cliente é prioridade, Talentos e Sustentabilidade, Mais digital, Gestão e Processos e Marketing jurídico. Essa lista apresenta uma proposta que os profissionais do Direito devem esperar para 2023.

Confira o que estará em alta no setor de Advocacia e Tecnologia neste novo ano:

CLIENTE É PRIORIDADE

1 – Busca por personalização:

Foi-se a época em que o atendimento era padronizado. Clientes tem expectavias cada vez mais altas, pouco tempo e muitas ofertas de produtos e serviços no mercado. Falar com bots por exemplo para resolver problemas e tirar dúvidas simples são muito bem vindas, mas quando se trata de questões mais complexas e direcionadas, o agente humano é a preferência. O estudo global CX Trends, apresentado pela Zendesk, revela que os consumidores esperam ter cada vez mais experiências imersivas, de acordo com o relatório, focado em tendências de Customer Experience (CX, ou Experiência do Cliente), 61% dos consumidores esperam ter experiências cada vez mais naturais e fluidas, o que inclui o atendimento pós-venda.

 2 – Legal Design:

Com uma abordagem que combina o Design Thinking e a tecnologia a proposta é facilitar a comunicação. No Direito, esta prática é chamada de Legal Design, que consiste na utilização de elementos visuais como gráficos, ícones, imagens, cores diferenciadas, e outros recursos na concepção e elaboração de documentos. Um complemento valioso são as plataformas de geração de documentos aonde modelos ficam centralizados, seguros, colaborativos e facilmente acessíveis. Personalização e padronização é resultado.

3 – A era do User Experience (UX)

O conceito de User Experience (UX) foca em práticas e estratégias para melhorar a experiência dos usuários em plataformas digitais, como a implementação e utilização de softwares jurídicos que permitam que documentos sejam criados adotando prática de Legal Design, que dashboards e relatórios possam ser cada vez mais completos, interativos, mais visuais e a uma das mais importantes, implementação de um portal para acesso aos clientes do escritório. A personalização facilita o acesso as informações, sendo um canal de comunicação eficiente.

TELENTOS E SUSTENTABILIDADE

Talentos

Employee experience ou experiência do colaborador, está em alta quando falamos em gestão de talentos, portanto, pensar em como serão os pontos de contato desde o processo seletivo, contratação, onboarding, treinamentos até o crescimento podem oferecer uma  ótima experiência para novos colaboradores, soluções para organizar, aprimorar e automatizar a jornada também fazem parte deste contexto. Adotar políticas e práticas para atrair e reter os melhores talentos, investir em plataformas de feedback e engajamento são boas alternativas.

Sustentabilidade

Em alta no ambiente empresarial, o conceito ESG – Environmental, Social and Governance em português, Ambiental, Social e Governança, já influencia na escolha das marcas que consomem e dos serviços que contratam e ganha espaço na transformação positiva, em empresas que assumem compromisso com a sustentabilidade. Esta pauta impacta tanto nas estruturas dos escritórios quanto no surgimento de uma nova área de atuação. 

MAIS DIGITAL:

Community commerce

Nada melhor para um profissional do Direito ou para um escritório de advocacia do que ter seu trabalho reconhecido e repercutido de forma espontânea. É esse o conceito de community commerce, quando o próprio público viraliza um produto ou serviço de forma orgânica e autêntica de forma online.

Criptomoedas e Blockchain

Não há como negar que o Blockchain e as criptomoedas serão comuns daqui a um tempo em nossas vidas. Marcelo Sampaio, CEO da Hashdex, afirmou que “Em 10 anos, todos os ativos serão digitais”. Assim sendo, é primordial que os escritórios de advocacia entendam sobre esta matéria, saibam onde se encontra e como podem se adaptar a esta nova realidade.

Cibersegurança e LGPD

O direito digital está se tornando cada vez mais importante, questões como segurança de dados e privacidade online são temas urgentes.

A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) é uma legislação brasileira que entrou em vigor em 2020, ela estabelece as regras sobre coleta, armazenamento, tratamento e compartilhamento de dados pessoais, visando proteger a privacidade e a liberdade dos titulares dos dados. A lei se aplica a todas as empresas e instituições que processam dados pessoais, independentemente de sua área de atuação. A LGPD prevê penalidades rigorosas para o não cumprimento das suas disposições, incluindo multas de até 2% do faturamento da empresa. A lei também cria a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), responsável por fiscalizar e regulamentar o cumprimento da lei. Advogados devem estar familiarizados com a LGPD para auxiliar seus clientes na adequação à lei e prevenção de possíveis sanções.

GESTÃO E PROCESSOS:

Metodologias ágeis

Inicialmente criadas para o desenvolvimento de softwares, as metodologias ágeis ficaram muito populares no mundo corporativo e há algum tempo ocupam um espaço na advocacia. Essas metodologias têm como prioridade o trabalho em equipe. Entre as mais utilizadas no ambiente jurídico, estão Lean, Kanban e Scrum. Pode ajudar muito as empresas a melhorar a eficiência, a colaboração e a qualidade dos serviços, além de aumentar a satisfação do cliente.

Inteligência Artificial

Novas tecnologias ganham cada vez mais espaço em vários setores, na advocacia não é diferente, com um potencial significativo, ferramentas são criadas baseadas nestas tecnologias, a aplicação de inteligência artificial atualmente já é um recurso oferecido nos softwares jurídicos com bastante ênfase na otimização das tarefas repetitivas,  no aumento de assertividade e na redução de riscos mas também por exemplo em chatbots e assistentes virtuais que ajudam a responder perguntas dos clientes.

Automação

Aumento na eficiência e produtividade, são pré requisitos para escritórios que estão em crescimento e é ela a automação fator fundamental no alcance destes objetivos. O crescimento do negócio muitas vezes dependente disto e muitos softwares jurídicos oferecem formas de automação. O ideal é buscar soluções que automatizem desde o recebimento das publicações, gestão dos prazos, gestão financeira, elaboração de peças processuais até o protocolo.

MARKETING JURÍDICO

Fortalecimento da marca do escritório, atrair novos clientes, estabelecer autoridade, credibilidade e melhorar a relação com os clientes, são resultado de estratégias bem elaboradas de marketing. A competição na área jurídica não é diferente das demais e aumenta a cada dia, investir em marketing significa estar no jogo e ganhar cada vez mais relevância no mercado garantindo crescimento do negócio. Aqui vão algumas dicas: Invista em marketing de conteúdo e divulgue nas redes sociais respeitando o perfil de usuários de cada rede, mas do que participe, faça palestras em eventos da área, promova cursos e treinamentos. O marketing de relacionamento é indispensável, estruture se possível um time interno para trabalhar com agências especializadas.

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