Em um cenário de inadimplência crescente e Judiciário sobrecarregado, a cobrança extrajudicial desponta como uma alternativa estratégica — reunindo agilidade, ética e resultado. Escritórios de advocacia atentos a essa tendência vêm se reposicionando e ampliando sua atuação nesse campo.
A inadimplência no Brasil tem crescido de forma significativa nos últimos anos. Dados recentes apontam que mais de 75 milhões de brasileiros estão inadimplentes, com dívidas que ultrapassam os R$ 438 bilhões, segundo o Serasa Experian. Esse cenário exige soluções eficazes e ágeis para a recuperação de valores vencidos, promovendo estabilidade financeira para empresas e consumidores.
Neste artigo, exploramos as razões que têm levado ao crescimento da cobrança extrajudicial no meio jurídico, destacando seus benefícios, os desafios enfrentados e as estratégias adotadas pelos escritórios para se adaptar a essa nova realidade.
A cobrança extrajudicial refere-se à tentativa de recuperar dívidas de forma amigável e direta, sem acionar o Poder Judiciário. Trata-se de uma abordagem conciliadora, que busca acordo entre as partes com base em negociação e diálogo.
Entre suas principais vantagens estão:
Com isso, a cobrança extrajudicial se estabelece como uma alternativa eficaz e estratégica,
adotada por um número crescente de bancas jurídicas e departamentos internos.
O aumento dos índices de inadimplência é reflexo de fatores como inflação, desemprego, queda no poder de compra e juros elevados. Esses elementos pressionam as finanças das empresas e ampliam a demanda por soluções de cobrança mais eficientes.
Neste contexto, escritórios de advocacia enxergam uma oportunidade de atuação que vai além do contencioso tradicional. Ao oferecer serviços de cobrança extrajudicial, esses profissionais atendem a uma demanda urgente de seus clientes e fortalecem sua posição no mercado.
Essa atuação não apenas gera receita, mas também amplia o impacto social e financeiro da advocacia, ao contribuir com a saúde econômica de empresas e consumidores.
Diversos escritórios têm ampliado sua atuação para incluir a cobrança extrajudicial em seu portfólio de serviços. Essa estratégia oferece vantagens como:
Empresas credoras têm visto os escritórios de advocacia como aliados estratégicos. Os principais fatores para essa preferência incluem:
A transformação digital também chegou à cobrança. Muitos escritórios estão utilizando tecnologias para:
Esses recursos ampliam a eficiência operacional, permitindo o acompanhamento preciso das tratativas e facilitando o contato com os devedores.
Além disso, abordagens humanizadas e respeitosas têm sido cada vez mais adotadas. O foco está em ouvir o devedor, entender sua realidade e oferecer soluções viáveis, o que favorece acordos e melhora a imagem do credor.
A capacitação da equipe jurídica também é essencial: treinamentos em negociação, mediação, técnicas de cobrança e legislação relacionada — como LGPD, CDC e Código Civil — têm sido recorrentes.
Outro movimento comum é a integração com empresas especializadas em cobrança, unindo estrutura operacional e expertise legal para formar soluções completas e eficientes.
A cobrança extrajudicial representa uma evolução na forma como o setor jurídico atua na resolução de conflitos financeiros. Ao aliar técnica jurídica, empatia e inovação, os escritórios podem oferecer serviços estratégicos que geram resultados concretos.
Mais do que diversificar serviços, adotar práticas modernas e éticas de cobrança é um passo para posicionar o advogado como parceiro de negócio, contribuindo para a sustentabilidade de empresas e o equilíbrio das relações comerciais.
Paula Freitas Castro tem mais de 20 anos de experiência em gestão estratégica e projetos
nas áreas de administração, crédito e cobrança, relacionamento com clientes e marketing de
serviços. É CMO na RDZ Consulting e responsável pelo planejamento, parcerias e expansão
do sistema de gestão em cobrança Cedrus.
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