A AB2L iniciou suas atividades em 2017 e, desde então, escreve os capítulos de uma história que tem muito para contar sobre o ecossistema de tecnologia jurídica.
Conheça nossas associadas.
Programas para educar o mercado, fomentar o ecossistema e participar ativamente do processo de regulamentação brasileiro entre direito e tecnologia.
Capítulos regionais/locais exclusivos para associados e grupos abertos ao público em geral.
Mais de 300 horas de conteúdo educacional focado no ecossistema jurídico e tecnológico.
Exclusivo para associados.
Lawtechs ou legaltechs. Assim são conhecidas as empresas que oferecem soluções tecnológicas para o mercado jurídico. Esse é um segmento em franco crescimento ao longo dos últimos anos, que foram marcados por uma maior compreensão quanto à relevância desse tipo de serviço.
Somente em 2018, esse mercado movimentou mais de US $ 1 bilhão em todo mundo segundo pesquisa conduzida pela empresa LawGeex, empresa de inteligência artificial voltada para advocacia.
No Brasil, as lawtechs também vêm ganhando espaço. Em relatório de maio de 2019, a Associação Brasileira de Lawtechs e Legaltechs (AB2L) informou que o país já conta com mais de 100 startups nesse segmento.
Panorama das lawtechs no mundo
Boa parte do crescimento das lawtechs em escala global vem se dando em função de uma área específica: a inteligência artificial (IA). Os investimentos nesse setor, em 2018, representaram mais de 30% de todo o valor estimado para a área, chegando a US $ 362 milhões. Somente esse montante foi superior a todo os investimentos em lawtechs no ano de 2017, de acordo com o levantamento da LawGeex.
Esse é um tipo de conhecimento de grande aplicabilidade para o meio jurídico. Para citar apenas um exemplo prático, pode-se falar da californiana Gavelytics, gigante no setor de lawtechs que oferece soluções referenciadas em inteligência artificial. Um de seus carros-chefe são relatórios que reúnem o perfil da decisão de juízes em todo os Estados Unidos com informações sobre viés dos julgados, tempo para proferir as decisões, entre outros dados.
Objetivamente, é como se os robôs de IA fossem programados para encontrar padrões em volumes e mais volumes de julgados de diferentes juízes. Quem é advogado, sabe o quão importante pode ser para montar uma estratégia esse tipo de análise. Afinal de contas, em posse dessas informações, é possível se antecipar a alguns cenários.
Outro exemplo nesse sentido é a lawtech canadense Blue J Legal que também oferecem soluções jurídicas com o auxílio da tecnologia de inteligência artificial. Segundo definição da própria companhia, a plataforma prevê com precisão os resultados dos tribunais e permite que você encontre casos relevantes com mais rapidez a partir de uma ferramenta de pesquisa qualificada em acervos de tribunais.
As principais categorias de lawtechs por segmento de atuação são:
1. Analytics e jurimetria
São empresas que disponibilizam plataformas de análise e organização de dados de jurimetria (estatística aplicada ao direito). O que se quer com isso é o desenvolvimento de meios que possibilitem a previsão de decisões judiciais como exposto na sessão sobre um panorama sobre as lawtechs no mundo.
2. Automação e gestão de documentos
Organizações dessa categoria se especializam no desenvolvimento de ferramentas que trabalham pela geração automatizada de documentos jurídicos e gestão do ciclo de vida de contratos e processos.
3. Compliance
São empresas que se dedicam a promover ações voltadas ao cumprimento de disposições legais que regulam determinado mercado. Na prática, há o desenvolvimento de ferramentas que trabalhem pela conformidade de processos de trabalho, não só pelo ponto de vista legal, mas também pela perspectiva de eficiência.
4. Conteúdo jurídico, educação e consultoria
Basicamente, esse tipo de lawtech se dedica a manter portais de notícias sobre o mercado jurídico e artigos sobre a legislação de diferentes áreas do Direito. A ideia é manter o público bem informado sobre tudo o que acontece no universo do Direito.
5. Extração e monitoramento de dados públicos
São empresas cuja missão é monitorar e promover a gestão das informações públicas que estão disponibilizadas para consultas online. A ideia, portanto, é reunir esses dados e apresentá-los aos juristas de diferentes maneiras, conforme a necessidade e a possibilidade de apontar novas oportunidades e nichos de mercado.
6. Gestão jurídica
Lawtechs talvez tenham a missão mais desafiadora, que é otimizar rotinas jurídicas. As soluções que elas oferecem buscam facilitar a gestão do escritório como um todo. Ferramentas como um software jurídico, são úteis não só no acompanhamento de processos, mas na gestão financeira e até na captação e manutenção de clientes.
7. Redes de profissionais
São sites e redes de conexão que reúnem operadores do Direito. Tudo isso se dá com o intuito de democratizar o conhecimento jurídico e permitir que as pessoas em geral e empresas contatem em todo o país advogados. Para os profissionais, essa é uma possibilidade e tanto de captar novos clientes.
8. Regtech
Tratam-se de empresas que oferecem soluções tecnológicas voltadas a resolver problemas gerados pelas exigências de regulamentação. Algumas companhias desse nicho fazem o trabalho de analisar dados de diversas fontes para facilitar o monitoramento dos trabalhos legislativos, por exemplo.
9. Resolução de conflitos online
Essas lawtechs se dedicam a buscar uma solução online para os conflitos entre as pessoas sem a necessidade de recorrer à Justiça. Tratam-se, portanto, de soluções tecnológicas que envolvem o trabalho de mediação e arbitragem, alternativas ao processo judicial para desafogar a justiça.
FONTE: JORNALE.
Nossas novidades direto em sua caixa de entrada.