Em resposta ao ChatGPT, Google planeja lançar 20 projetos de inteligência artificial em 2023

A empresa queria ir devagar, mas a ameaça externa da OpenAI acelerou o planos
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Por B9

Há pouquíssimo tempo – em dezembro passado, na verdade – executivos do Google disseram que não havia pressa. Perguntados sobre o que fariam para competir com o ChatGPT, afirmaram que empresa investiria sim em inteligência artificial, mas não queriam agir rápido demais e correr o risco de oferecer soluções que poderiam arriscar a reputação construída pelo Google.

Agora, pouco mais de um mês depois, parece que o discurso mudou. Dado ao avanço na popularidade das ferramentas lançadas pela OpenAI, o Google revelou que planeja demonstrar mais de 20 projetos de inteligência artificial nos próximos meses. Segundo reportagem do NY Times, isso incluiria uma versão do próprio mecanismo de busca do Google com recursos de chatbot. A previsão é de que as primeiras novidades sejam anunciadas já no I/O, em maio, o evento anual da empresa.

Jeff Dean, chefe do departamento de pesquisa e inteligência artificial do Google, conta alguns dos produtos planejados: entre eles, um estúdio de geração de imagens que “cria e edita”; um aplicativo para testar protótipos de produtos; um conjunto de ferramentas que terceiros podem usar para criar protótipos de IA direto do navegador, chamada MakerSuite; uma ferramenta de geração de código chamada PaLM-Coder 2, na linha do GitHub Copilot da Microsoft; e também uma solução para criar aplicativos para smartphones chamada Colab + Android Studio.

Não é como se o Google também já não investisse pesado em IA e aprendizado de máquina (machine learning, ML) nos últimos anos. A empresa tem aplicativos semelhantes ao DALL·E e ao ChatGPT da OpenAI, por exemplo, como o AI Test Kitchen. Porém, eles são sistemas bem restritos e limitados aos usuários em geral. Isso por conta das polêmicas em que a companhia se meteu, com um debate sobre a ética da inteligência artificial, seus vieses e propensão de apresentar informações falsas.

Recentemente, o Google demitiu alguns pesquisadores proeminentes da área, incluindo Timnit Gebru e Margaret Mitchell. As razões exatas não são claras, mas parecem ter sido diretamente relacionadas a desentendimentos com altos executivos do Google após as pesquisadoras terem publicado um artigo científico criticando a postura da empresa em relação à diversidade e à ética em IA.

O Google queria ir devagar, não entendendo “pra que tanta angústia” e acreditando que “a pressa em relação a IA não se justifica”. Mas parece que a pressão da concorrência e o alarmismo sobre o ChatGPT ser um potencial Google killer vão acelerar o passo.

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