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O segredo do Canadá para avançar em IA: braços abertos para profissionais de outros países

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ELISSA STROME, DA ONG CIFAR, E LAYLA EL ASRI, GERENTE DE PESQUISAS NA MICROSOFT RESEARCH EM MONTREAL, DISCUTEM IA DURANTE A CONFERÊNCIA C2 (FOTO: DIVULGAÇÃO/C2)

Enquanto os Estados Unidos dificultam a chegada de imigrantes, para desespero das gigantes do Vale do Silício, o Canadá usa essa situação em seu benefício. Apesar da extensão territorial, o país é pouco povoado: tem apenas 37 milhões de habitantes. O governo do primeiro-ministro Justin Trudeau colocou em prática recentemente um programa de imigração em caráter de testes, o Global Talent Stream. Como já foi mais do que comprovado: diversidade traz inovação. No momento em que os EUA e a China disputam a ponta no desenvolvimento de novas tecnologias, como a inteligência artificial (IA), o Canadá corre por fora.

A cidade de Montreal está a caminho de se tornar um centro de excelência no desenvolvimento de IA. Um indício disso é o centro de pesquisa Mila, dedicado ao tema. Fundado pelo professor Yoshua Bengio, da Universidade de Montreal, o centro quer reunir especialistas em deep learning — um dos meios de criação de IA hoje considerados mais promissores. Bengio foi um dos vencedores da premiação Turing Awards, que consagrou três dos “padrinhos da IA” neste ano. Um dos pilares do trabalho do Mila é o desenvolvimento responsável da tecnologia.

“Pessoas de todo mundo deveriam se beneficiar de IA. Nosso foco é treinar talentos e ter profissionais suficientes, mas nossa estratégia também é entender os impactos dessa tecnologia na sociedade”, disse Elissa Strome no palco da conferência C2, que discute comércio, criatividade e inovação em Montreal. Strome é diretora executiva de estratégia de IA na Cifar, uma organização humanitária que incentiva o debate de questões globalmente relevantes. “Mas é tudo tão novo. O mais crítico é engajar o público e deixar as pessoas entusiasmadas, e não com medo.”

Uma discussão em alta no desenvolvimento de IA aborda análise de dados e tomada de decisão de forma que não seja isenta. No jargão, é o “viés na IA”. Na opinião de Elissa, três princípios podem mitigar o problema: igualdade, diversidade e inclusão.

Para Layla el Asri, gerente de pesquisas na Microsoft Research em Montreal, que participou da conversa com Elissa, se as máquinas têm vieses, é por conta de quem as desenvolve. “Na maioria dos laboratórios hoje existem grupos discutindo vieses. Existem até conferências sobre a questão ética da IA. Os cientistas estão cientes, e Canadá, à frente disso.”

Não é balela nacionalista. Em abril deste ano, o governo canadense anunciou as diretrizes que vai seguir ao usar IA. Há, entre outras, as garantias de agir de forma “transparente” e de deixar o cidadão avisado de quando e como a tecnologia está em uso, assim como qual é o benefício público esperado.

O assunto está em debate internacional. A OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), entidade que inclui os países mais ricos do mundo e na qual o Brasil pleiteia ingresso, anunciou ontem princípios para o desenvolvimento de IA, como a busca por inclusão e sustentabilidade. Incluindo o Brasil, 42 países adotaram o documento.

Durante o debate entre as duas especialistas, a plateia da conferência C2 pôde votar em quais são suas maiores preocupações em relação à inteligência artificial. “Ética” foi o termo mais citado, seguido de “privacidade”, “singularidade” e “controle”.

Fonte: POR ÉPOCA NEGÓCIOS ONLINE

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