A Universidade de Nova York (NYU) tornou-se a “primeira” universidade nos EUA a oferecer aos estudantes uma especialização em tecnologia blockchain, informou a CBS New York em 18 de setembro.
Segundo uma publicação da Cointelegraph, o programa será fornecido pela NYU Stern School of Business, que também foi pioneira na oferta de cursos de graduação em criptomoedas e blockchain. O professor Andrew Hinkes comentou sobre o novo programa:
“ESPERAMOS ESTABELECER UM TRABALHO DE BASE PARA QUE OS ALUNOS POSSAM ENTENDER O QUE REALMENTE ESTÁ ACONTECENDO NOS BASTIDORES, PARA QUE ELES POSSAM ENTENDER AS IMPLICAÇÕES LEGAIS E COMERCIAIS E PREPARÁ-LOS PARA SAIR E ENFRENTAR ESTE NOVO MERCADO.”
De acordo com a professora associada Kathleen Derose, a instituição educacional espera que as grandes empresas façam parcerias dentro do programa de treinamento, enquanto “as startups [fintech] provavelmente inventarão as novas coisas legais”. Seguindo o crescente número de estudantes interessados na nova oferta, a NYU supostamente dobrou suas ofertas de cursos neste ano letivo.
Adam White, da exchange de criptomoedas Coinbase, disse que os estudantes “vêem o desenvolvimento, o nascimento de uma nova indústria”, acrescentando que “em muitos aspectos, olhamos para coisas como Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH) e blockchain como a internet 3.0″.
No mês passado, a Coinbase divulgou um estudo mostrando que 42% das 50 principais universidades do mundo têm pelo menos uma turma de criptomoedas e blockchain. Das 172 turmas analisadas no estudo, 15% foram oferecidas pelos departamentos de economia, finanças, direito e negócios, enquanto 4% estavam nos departamentos de ciências sociais. O estudo descobriu que os cursos de blockchain e de criptomoedas são mais populares nos EUA, entre outros países.
O interesse dos estudantes norte-americanos pelas criptomoedas é refletido não apenas em programas educacionais, mas também em investimentos em moeda digital. Como mostra um estudo conduzido pelo Student Loan Report em março, 21,2% dos estudantes universitários usavam dinheiro de empréstimos para financiar um investimento em criptomoeda, esperando que um aumento de preço os ajudasse a pagar suas dívidas mais rapidamente.
Por Amanda Bastiani