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O conceito de startups ‘unicórnio’ é conhecido no Brasil desde 2018, quando algumas empresas foram avaliadas em US$ 1 bilhão. A ideia de utilizar um ser mitológico para denominar as grandes startups parte do ponto de que é raro e mágico uma empresa chegar a uma valorização tão grande dentro do mercado.
Atualmente, 14 startups brasileiras alcançaram o posto e a última foi em janeiro deste ano. A MadeiraMadeira, que é responsável pela venda de materiais de construção e móveis, se tornou um unicórnio após receber um investimento de US$ 190 milhões.
Para 2021, a Distrito, empresa que ajuda na transformação de empresas por meio da tecnologia, apostou em 17 startups que podem se tornar unicórnio. “Há representantes de setores bem brasileiros, como logística, varejo, serviços para as classes C e D, e serviços para pequenas e médias empresas. É interessante ver como essas startups estão absorvendo e resolvendo problemas estruturais do Brasil”, diz Gustavo Gierun, cofundador da Distrito.
Entre os principais nomes que podem alcançar o valor estimado de US$ 1 bilhão está a fintech Neon, que em 2020 recebeu um cheque de 300 milhões de dólares, totalizando o maior valor de recursos captados entre as apostas de 2021, algo próximo a US$ 426 milhões.
“Os clientes anteciparam a transformação digital em três anos. Crescemos três vezes o ano passado e esperamos crescer três vezes neste ano”, afirmou Pedro Conrade, fundador da Neon, em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo.
Outras duas grandes apostas para alcançar o posto de startup unicórnio são as empresas de transporte Cargo X e Buser. A primeira ficou conhecida como “Uber dos caminhões”, pois conecta transportadoras com caminhoneiros, monitorando o trajeto através de geolocalização. Já a segunda faz a ponte entre passageiros e empresas de fretamento de ônibus, promovendo viagens intermunicipais mais baratas que o comum.
Dentro do mercado empresarial o posto de startup unicórnio pode significar muito, porém, entre todas as apostas deste ano, muitas possuem em comum a indiferença ao título. “Essa métrica de unicórnio pode ser ruim algumas vezes, invertendo o valor da empresa, focando o objetivo só no dinheiro. Com o trabalho bem-feito, e clientes e investidores felizes, como consequência você pode virar um decacórnio”, afirma Frederico Veiga, presidente da CargoX.
O presidente da Neon, Pedro Conrade, relatou que existe uma corrida por valuation e afirmou que não possui pretensão de participar disso. “Provavelmente só vamos revelar nosso valor de mercado em um IPO, o que ainda tem chão para que aconteça”, completou.
“Nós não olhamos muito para valuation. Vemos que as pessoas acreditam que seremos grandes porque resolvemos um problema grande: o sistema de transporte rodoviário está há 60 anos do mesmo jeito”, disse Marcelo Coelho, presidente da Buser.
“Os modelos dessas startups são sólidos, elas têm capital e o cenário para 2021 é favorável. Mas a falta de mão de obra qualificada para o ramo de tecnologia pode pesar”, afirma Gustavo Gierun, cofundador da Distrito. “Importar mão de obra e treinar funcionários para assumirem cargos mais altos não é o suficiente. Esse é um problema estrutural e precisamos ter políticas para o desenvolvimento desse segmento no Brasil – tanto de formação de base quanto de desenvolvimento de profissionais. Só a educação resolve”, diz.
Gilberto Sarfati, professor da Fundação Getúlio Vargas, afirma que ainda é necessário investir em sofisticação de engenharia e inteligência artificial para que as tecnologias originais brasileiras cresçam e ocupem posição global de destaque.
Conta Azul
Fundação: 2012
Segmento: Fintech
Funding: US$ 37 milhões
Dr. Consulta
Fundação: 2011
Segmento: Healthtech
Funding: US$ 183,5 milhões
Neon
Fundação: 2014
Segmento: Fintech
Funding: US$ 426 milhões
Minuto Seguros
Fundação: 2011
Segmento: Insurtech
Funding: US$ 60 milhões
PetLove
Fundação: 1999
Segmento: Pet
Funding: US$ 75,8 milhões
CargoX
Fundação: 2013
Segmento: Logtech
Funding: US$ 257,8 milhões
Contabilizei
Fundação: 2013
Segmento: Fintech
Funding: US$ 20 milhões
Pipefy
Fundação: 2014
Segmento: Martech
Funding: US$ 63,5 milhões
Olist
Fundação: 2015
Segmento: Retailtech
Funding: US$ 113,5 milhões
Solinftec
Fundação: 2007
Segmento: Agtech
Funding: US$ 60 milhões
Superlógica
Fundação: 2001
Segmento: Fintech
Funding: US$ 66,5 milhões
Tembici
Fundação: 2009
Segmento: Mobilidade
Funding: US$ 47 milhões
Fazenda Futuro
Fundação: 2019
Segmento: Foodtech
Funding: US$ 30 milhões
Zenvia
Fundação: 2003
Segmento: Martech
Funding: US$ 82,7 milhões
Buser
Fundação: 2017
Segmento: Mobilidade
Funding: Não revelado
Take Blip
Fundação: 1999
Segmento: Martech
Funding: US$ 100 milhões
Cortex
Fundação: 2003
Segmento: Martech
Funding: US$ 31,3 milhões
Via: O Estado de São Paulo // Olhar Digital
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