A AB2L iniciou suas atividades em 2017 e, desde então, escreve os capítulos de uma história que tem muito para contar sobre o ecossistema de tecnologia jurídica.
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Dar agilidade ao trabalho dos profissionais do direito com o auxílio da inteligência artificial. A startup Oystr foi criada com esse propósito em 2014. Desde então, desenvolve soluções de automação para ajudar escritórios de advocacia e departamentos jurídicos a integrar diferentes sistemas, como tribunais e portais eletrônicos de justiça. Em 2020, fechou o ano com 130 clientes, mais de 500 produtos criados e um faturamento de R$ 5 milhões.
Rafael Caillet, CEO da Oystr, conta a PEGN que a ideia do negócio surgiu da necessidade. Ele, administrador com experiência na área de tecnologia, atuou por muitos anos em uma empresa que vendia softwares para o mercado jurídico. Com o tempo, percebeu o crescimento da demanda e a necessidade de automação em processos manuais repetitivos, que tomavam tempo dos profissionais da área. “Atividades rotineiras, mecânicas e burocráticas”, define Caillet.
Com base nisso, reuniu-se a outros três sócios, que também contavam com experiências no mercado de tecnologia e de advocacia, para fundar a Oystr. Tiraram a ideia do papel e começaram a desenvolver “robôs” capazes de automatizar parte desses processos. A startup funciona como uma plataforma SaaS, oferecendo um “marketplace” de “robôs”. Os robôs são as chamadas RPAs (“robotic process automation”, ou automação de processos robóticos).
Segundo o empreendedor, entre as demandas mais recorrentes da startup estão serviços de protocolo e intimação eletrônica, além da integração entre sistemas, necessária quando um escritório terceirizado precisa alimentar o departamento jurídico do seu cliente.
As soluções são personalizadas – por isso, mais de 500 produtos já estão no portfólio da empresa. Quando é necessária a criação de um robô para atender a uma nova demanda, a startup leva entre cinco e 20 dias para a conclusão do trabalho.
Caillet conta que o foco da startup está em clientes com alto número de processos no mês. “Para escritório com demanda mensal acima de 2 mil processos, um robô é necessário”, diz. No ano passado, com a pandemia e a digitalização de muitas empresas, o negócio cresceu 63% e o faturamento chegou a R$ 5 milhões, contra os R$ 2,9 milhões de 2019.
Neste ano, a empresa espera atingir outros mercados – além dos escritórios de advocacia. Para o empresário, também há oportunidades de automatização em companhias de logística e contabilidade, por exemplo. Além disso, a startup, nunca investida, está aberta a discutir uma primeira captação. “Queremos entender bem o mercado porque ele está aquecido.”
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