
A AB2L iniciou suas atividades em 2017 e, desde então, escreve os capítulos de uma história que tem muito para contar sobre o ecossistema de tecnologia jurídica.
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Estamos na era da advocacia 4.0, onde as tarefas corriqueiras e burocráticas recebem auxílio de softwares e sistemas de gestão. O foco passou a ser solucionar o problema que o cliente traz até você e não perder horas em sites dos tribunais buscando uma atualização, afinal, você pode contar com uma ajuda extra na hora de buscar essas informações.
A advocacia caminha cada vez mais para um modelo onde a energia do profissional do Direito é gasta com trabalhos intelectuais, investindo em um bom atendimento ao cliente e se atualizando por meio de cursos livres nesse mercado altamente competitivo.
O Legal Design Thinking surge no meio jurídico para revolucionar os modos de atuação dos advogados, reforçando a ideia de foco no cliente e otimização de tarefas.
Antes de começarmos a falar sobre como aplicar essa abordagem em seu escritório, precisamos entender melhor o que é o Design Thinking.
O Design Thinking tem como base encontrar a solução para um determinado problema de acordo com as necessidades do usuário. Além disso, é voltado para a inovação, ou seja, seus processos se respaldam em criar algo cujo resultado seja inovador.
Essa abordagem busca soluções colaborativas e de forma coletiva. Independente do ramo de atuação, o princípio do Design Thinking é sempre o foco no usuário.
É claro que o meio jurídico carrega consigo as tradições e formalidades, o que, mesmo para as novas gerações, se torna um desafio aplicar metodologias e abordagens novas.
Entretanto, a inovação não surge do dia para noite. É aos poucos que ela vai se tornando parte de sua rotina e, para te ajudar a pôr em prática o Design Thinking no Direito, separamos algumas dicas.
Quanto mais estamos inseridos em um ambiente, mais nosso vocabulário fica repleto de expressões daquele meio. Porém, lembre-se: seu cliente pode não dominar termos jurídicos.
Ser claro e adaptar essas palavras de modo que seu cliente entenda é o primeiro passo a ser dado. Tente ser o mais didático possível ao explicar os dados do processo, por exemplo.
Pelo menos alguma vez você precisou ser um pouco psicólogo, pois seu cliente precisava desabafar. É nesse momento que você deve exercer seu lado empático, se colocar no lugar do outro para compreender como resolver aquele problema da melhor forma.
Não basta só ouvir o que seu cliente tem a dizer, é preciso assimilar a situação com o olhar dele.
O Legal Design Thinking reúne uma variedade de pessoas colaborando para encontrar a melhor solução para o problema a ser resolvido. Com isso, ter uma equipe multidisciplinar só tem a agregar no seu projeto.
Desde estagiários até o pessoal do administrativo, muitas pessoas podem colaborar na solução da questão.
Algumas pessoas têm como principal meio de aprendizagem o visual, portanto, utilize softwares de apresentações como o PowerPoint ou o Prezi, post-its, infográficos, tudo que ajude na compreensão da execução do projeto.
Se você não possui habilidades de design, existem ferramentas gratuitas que podem te ajudar a deixar o projeto mais visual como o Canva, por exemplo.
Etapas do Legal Design Thinking
Assim como outras abordagens, o Legal Design Thinking possui algumas etapas a serem seguidas. Mas, lembre-se: não existe nenhuma fórmula milagrosa, apenas boas práticas para te ajudar a chegar no resultado final, portanto, pesquise, teste, analise e coloque em prática aquilo que melhor se encaixa na sua rotina.
Primeiramente, você deve se fazer a seguinte pergunta: “Qual problema eu preciso resolver? Onde está o gargalo? O que me limita para que eu não produza tanto?”. A partir disso, você terá um caminho a ser seguido e pode partir para a próxima etapa.
Depois de levantadas as informações a respeito dos problemas que o cercam, é chegada a hora de fazer uma síntese e resumir os dados adquiridos em uma pequena frase. Assim, para encontrar a solução será mais fácil, pois você terá o foco total em uma coisa só.
Aqui você irá colocar sua criatividade para trabalhar pensando em realmente como resolver o problema. Pesquise, busque, crie hipóteses e esteja aberto a novas ideias.
Nesta etapa, depois de “bater o martelo” na ideia que será colocada em prática, você irá criar um protótipo dela. Não é necessário estar 100% redondo a sua ideia aqui. Essa fase existe justamente para ir testando e observando quais ajustes são necessários.
Na última etapa, depois de todos os testes e ajustes, você colocará em prática tudo aquilo que foi validado. Mas lembre-se, não deve parar por aqui. Continue sempre aperfeiçoando a solução proposta para que se torne cada vez melhor no seu propósito final.
Então, viu como é fácil aplicar o Design Thinking no Direito? Agora é com você! Para te ajudar ainda mais, a Advise tem uma curadoria de materiais gratuitos para que você possa começar a pôr em prática no seu escritório e na sua rotina! Para conhecer a lista de materiais é só clicar aqui.
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Autor: Caroline Capra é Analista de Marketing Jr da Advise. Produz conteúdos relacionados ao Direito e Tecnologia com o intuito de melhorar a rotina dos advogados.
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