A AB2L iniciou suas atividades em 2017 e, desde então, escreve os capítulos de uma história que tem muito para contar sobre o ecossistema de tecnologia jurídica.
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Programas para educar o mercado, fomentar o ecossistema e participar ativamente do processo de regulamentação brasileiro entre direito e tecnologia.
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Texto original de Antonio Rodrigo Sant’Ana, publicado no Linkedin
Processos trabalhistas representam uma parcela alta das demandas judiciais Brasil afora. O volume estratosférico permite que se possa identificar padrões através dos processos e, assim, utilizar a tecnologia para filtrar esses dados e contribuir com a previsibilidade dos resultados.
O Direito é subjetivo e interpretado caso a caso, claro. Mas de posse de dados gerados através do volume de processos, é possível determinar as chances de uma empresa ganhar ou não uma causa trabalhista — e é o advogado, não a máquina, quem vai proporcionar esse olhar apurado.
O fato é que muitas empresas lançam mão de ferramentas tecnológicas para obter esse tipo de análise e isso é ótimo. O problema é quando essa análise serve apenas para tentar remediar uma situação já problemática. Em outras palavras, as empresas recorrem à tecnologia para buscar caminhos para ganhar uma ação trabalhista.
Tudo bem, a tecnologia é útil para isso mas, com o volume de dados gerado, seria possível criar mecanismos internos justamente para evitar ações trabalhistas ou, em última análise, costurar acordos extra-judiciais.
Não são apenas as ferramentas de trabalho e os profissionais individualmente que devem evoluir. A gestão das empresas deve acompanhar o passo da sociedade — que está cada vez mais ciente dos seus direitos e não vai hesitar em buscar o processo legal se julgar necessário.
O desafio não está apenas em interpretar dados para definir a estratégia em um processo, mas sim, usar esses dados para aprender as principais causas de ações trabalhistas e trabalhar internamente para modernizar a gestão e mitigar os riscos de ações judiciais.
Grande parte dos fatores que levam a ações trabalhistas já são conhecidos de longa data: horas extras, assédio moral, reversão de justa causa, acúmulo de funções, entre outros. Voltar a cometer esses erros é uma questão de escolha administrativa, especialmente com as tecnologias disponíveis — ou se usa as tecnologias para prevenção ou será necessário recorrer a elas para encarar um processo.
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