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Conheça o Miguel, um advogado de 2038

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Miguel nasceu em 2008 e hoje, em 2038, é um advogado. Ele tem 30 anos agora, mas foi criado na época que a Apple estava lançando o seu primeiro celular, o Orkut era tendência e quem tinha um iPod era o “descolado”. “Miguel é de uma geração diferente da minha. Quando ele era pequeno, a TV Globinho foi descontinuada e ele precisou migrar para o streaming para ter acesso a conteúdo infantil, como a Galinha Pintadinha”, conta Bruno Feigelson, Presidente da AB2L, sobre como ele imagina que será o advogado do futuro.

Em 2018, Miguel nem sequer pensava em qual profissão seguiria carreira, mas o mercado já sabia que a futura profissão dele seria altamente impactada pela tecnologia e pelas lawtechs. Quando o menino estava na adolescência, ele foi bombardeado com diversas inovações: carros voadores, hyperloop, missão tripulada para Marte. “Tudo isso ele ficava sabendo pela internet. Ele assistiu a primeira missão tripulada para Marte pela internet, por exemplo. Miguel não via televisão nem quando ele era criança, então era impossível que ele começasse a assistir na adolescência”, diz.

Aos 18 anos, Miguel nem cogitou tirar a carteira de motorista – isso porque os carros autônomos já eram uma realidade no país. “Era quase proibido os seres humanos dirigirem”, conta Feigelson. Quando entrou na Faculdade de Direito, Miguel aprendeu a analisar dados e entendeu que sua profissão não dependia somente de leis e interpretações. Mesmo após se formar na faculdade, ele continuou se aperfeiçoando. “Miguel fez diversos cursos na Future Law e, logo depois, foi contratado no Lima | Feigelson Advogados”, conta.

Mesmo com um trabalho fixo, o advogado sentiu a necessidade de buscar novas oportunidades no mercado. Em 2038, Miguel criou sua própria lawtech em São Paulo – mas ele morava em outra cidade. Naquela época, isso não foi um empecilho para ele. Após imprimir suas próprias roupas em casa, Miguel ia até uma Estação Hyperloop para se deslocar entre o Rio e São Paulo em poucos minutos – isso já era possível em 2038.

As discussões e os processos que aconteciam na lawtech eram variadas – iam desde discussões sobre Marte até a disputa de duas mães sobre o genoma do filho. Miguel utilizava sua própria plataforma, que estimava a possibilidade de acordo em cada ação, para analisar esses processos. As negociações eram feitas por algoritmos e os próprios robôs providenciavam os acordos. O advogado só entrava para analisar e aprovar os acordos gerados pela máquina.

Mesmo com todas as inovações que surgiram na época do Miguel, “os advogados eram e sempre serão indispensáveis – mesmo em 2038”, defende Bruno Feigelson, que também é CEO da Sem Processo.

A história de Miguel pode até ser uma aposta do advogado e CEO que não se concretize, mas é inegável o fato de que o Direito está sofrendo profundas mudanças e que a tecnologia é parte fundamental.

 

Por Isabella Câmara

Fonte: https://conteudo-startse-com-br.cdn.ampproject.org/c/s/conteudo.startse.com.br/startups/lawtech/isabella/miguel-advogado-futuro-lawtech-conference/amp/

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