A AB2L iniciou suas atividades em 2017 e, desde então, escreve os capítulos de uma história que tem muito para contar sobre o ecossistema de tecnologia jurídica.
Conheça nossas associadas.
Programas para educar o mercado, fomentar o ecossistema e participar ativamente do processo de regulamentação brasileiro entre direito e tecnologia.
Capítulos regionais/locais exclusivos para associados e grupos abertos ao público em geral.
Mais de 300 horas de conteúdo educacional focado no ecossistema jurídico e tecnológico.
Exclusivo para associados.
Teresina será a primeira cidade do mundo a usar a tecnologia Blockchain para gestão do transporte público. O sistema blockchain, que na tradução livre significa cadeia de dados, é uma forma de validar informações e transações, como se fosse um grande “livro de registro”.
Por meio desse sistema, a capital piauiense armazenará de maneira digital, segura, eficiente, em único lugar e acessível à população, todas as informações relativas ao transporte coletivo, como cumprimento de ordens de serviço e relatórios de viagens, dentre outras. O objetivo é melhorar os serviços e aproximar a sociedade de processos de tomada de decisão na gestão pública, proporcionando uma comunicação confiável e direta.
A iniciativa de aplicar no transporte público, pioneira no mundo, foi desenvolvida pela Prefeitura de Teresina, por meio da Secretaria Municipal de Planejamento e Coordenação (Semplan) e Agenda 2030, em parceria com a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito e a Organização dos Estados Americanos (OEA), por meio de sua Escola de Governo Aberto, e com a Fundação Hyperledger.
O projeto da Prefeitura, que é denominado “Observatório da Mobilidade: blockchain para a co-gestão do transporte público”, já foi selecionado pelo Fundo Europeu para o Clima e receberá o investimento de 300 mil euros. Por se tratar de uma estratégia inédita de urbanismo, a proposta pode se beneficiar do apoio das agências implementadoras do programa Euroclima+, assim como dos fundos da União Europeia.
“A Prefeitura de Teresina tem feito todo o investimento na parte de infraestrutura, como construção de terminais e corredores, então a gente precisa saber se a operação do sistema deles está adequada e como é que a gente faz o controle da operação. A administração municipal já faz esse monitoramento, mas buscamos algo mais tecnologicamente evoluído. Então elaboramos uma proposta que pudesse melhorar o transporte público na sua gestão”, ressaltou a coordenadora da Agenda 2030 em Teresina, Gabriela Uchoa.
“Esse projeto inovador de Teresina que sistematiza essa gestão da operação e faz ela transparente, aberta para população, num sistema que é o blockchain, que não pode ser modificado, alterado. Qualquer modificação que é feita é rastreada. A ideia é que se crie um comitê de co-gestão e monitoramento desses dados e validação deles e toda essa parte de funcionamento que envolve o transporte coletivo seja monitorado através do sistema blockchain”, explicou Gabriela.
Visando transformar Teresina em cidade inteligente, do futuro e sustentável, o blockchain no transporte público trará para o município o aumento da confiabilidade entre os envolvidos no sistema de transporte e melhora do serviço; o compartilhamento de responsabilidades pelo bom funcionamento do transporte público e aumento de sua eficiência; além da priorização de que o transporte público tenha impacto na redução da emissão de gases de efeito estufa.
Como funciona o Blockchain
Blockchain refere-se a registros digitais distribuídos. Uma de suas características é o seu mecanismo de gerar acordo ou consenso acerca de uma nova transação. Cada nova informação gerada sobre um tema aparece como um novo “bloco” em uma cadeia de informações. A incorporação do bloco à cadeia é a forma como se validam as transações. A validação de informação é feita pelos participantes de uma rede por meio de votação, assinatura digital ou similar.
Isso significa que nenhuma informação pode ser alterada sem que todos os envolvidos que compõem a rede tenham conhecimento desta alteração. Incorporar o blockchain a temas complexos como a gestão de sistemas urbanos, por exemplo, significa aumentar a transparência e, consequentemente, a eficácia da operação destes sistemas.
Por Portal Prefeitura Municipal de Teresina
Nossas novidades direto em sua caixa de entrada.