A AB2L iniciou suas atividades em 2017 e, desde então, escreve os capítulos de uma história que tem muito para contar sobre o ecossistema de tecnologia jurídica.
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Texto original de Bianca Patrocinio Santana, publicado pela BuscaJuris
Qualquer profissional de marketing sabe que a produção de conteúdo é uma das principais estratégias para se destacar no digital.
Mas e você, advogado e advogada, sabe qual a importância da produção de conteúdo jurídico para a sua advocacia?
Há muitos advogados e escritórios atraindo clientes pela internet.
Quando você olha para seus concorrentes e se pergunta: “Como eles estão fazendo isso?”
A resposta é simples: eles perceberam a relevância em produzir conteúdos estratégicos.
Os advogados, que estão colhendo resultados no digital, podem ser facilmente encontrados nos mecanismos de buscas ou nas redes sociais.
O que eles têm que você não tem?
Alguém para fazer o trabalho por eles? Dinheiro para investir em um blog atrativo ? Tempo? – Convenhamos que essa é a minoria.
Profissionalmente falando, eles não possuem nada de diferente.
O ponto é que eles entenderam que a produção de conteúdo jurídico aumenta os seus resultados a longo prazo.
A cada artigo ou post publicado gera uma oportunidade – ainda que mínima – de atrair potenciais clientes e fechar contratos.
Em resumo: é sobre estar presente na internet quando as pessoas estiverem buscando algum aconselhamento jurídico.
Caso contrário, você corre o risco de passar despercebido.
Mas como adotar as melhores práticas para produzir conteúdo de qualidade?
É o que você vai descobrir lendo este artigo.
Neste guia de produção de conteúdo jurídico, nós vamos ajudá-lo a implementar estratégias para criar conteúdos atraentes, evitar o bloqueio criativo e indicar ferramentas para levar a sua advocacia mais longe.
Preparado(a)?
Então, vamos lá.
Conteúdo digital, segundo o blog do Neil Patel, se refere a qualquer material produzido e distribuído por meio da internet.
A produção de conteúdo, portanto, é o processo de gerar ideias que atraiam um público específico, a partir dessas ideias criar conteúdos com a intenção de distribuí-los através de blogs, vídeos, redes sociais e etc.
A produção de conteúdo é a força motriz do marketing de conteúdo, e o imã que atrai potenciais clientes para o seu negócio.
Em resumo, a produção de conteúdo jurídico envolve:
A produção de conteúdo jurídico é uma das práticas que devem ser adotadas por todos os advogados.
E isso inclui: os jovens advogados, advogados autônomos e escritórios de advocacia.
Os profissionais que investem em produção de conteúdo e marketing já estão obtendo resultados.
Aliás, o Código de Ética da OAB em seu novo provimento n. 205/2021, permite a produção de conteúdo para gerar informações úteis, desde que não configure captação de clientes ou mercantilização da profissão.
E essa valorização da criação de conteúdo não é à toa
Considerando que é uma maneira gratuita de aumentar o alcance do seu trabalho.
Ao fornecer informações gratuitas e relevantes para seu público, você passa a construir um relacionamento com as pessoas.
A partir disso, você atrai potenciais clientes para o seu site jurídico, whatsapp ou escritório de advocacia, além de reter os clientes existentes.
E se você criar bons conteúdos, o seu público permanecerá no seu perfil ou na sua página por mais tempo.
Resultado: as chances de convertê-los em clientes aumenta, além de ser muito bom para o SEO do seu blog e para os algoritmos das redes sociais.
Você também gera algum valor importante para sua advocacia.
Com isso, você passa a ser visto como autoridade na sua área ou nicho de atuação.
Isso reforça o valor do seu trabalho, fortalece a confiança das pessoas em você e cria um diferencial competitivo.
Agora, que você já entendeu a importância do conteúdo jurídico, vamos começar a conhecer os tipos de conteúdo que você pode criar e, em seguida, entender quais estratégias aplicar.
Existem diversos formatos para produzir conteúdos jurídicos, mas o melhor formato vai depender de seus objetivos e estratégias.
Uma dica importante: qualquer conteúdo que você criar pode ser reaproveitado em outros formatos.
Por exemplo: um artigo do blog pode ser transformado em um post para o linkedin ou em um vídeo para o seu canal no youtube.
A questão aqui é adaptar o conteúdo aos formatos de cada canal de mídia.
Confira abaixo os tipos mais comuns de conteúdo:
Outros formatos: newsletter, pesquisas de mercado, memes, estudos de caso, infográficos, entre outros.
Por que você lê um conteúdo até o final?
O que faz você continuar lendo um texto em uma revista, salvar um post do Instagram ou assistir um vídeo no Youtube?
Se você é como a maioria das pessoas, as chances de um conteúdo que você consome ter as seguintes características é muito grande:
Um bom conteúdo satisfaz muito ou todos esses critérios.
Mas, por muitas razões, as pessoas se concentram apenas em escrever um conteúdo preciso, às vezes, relevante e útil, e pararam por aí.
Para criar conteúdos de qualidade siga estas dicas:
Público-alvo são as pessoas que você quer alcançar com o seu conteúdo.
Saber com quem você está falando, como quer falar com eles e onde encontrá-los, são os primeiros passos de uma estratégia eficaz de produção de conteúdo.
A chave para criar conteúdos relevantes é fazer com que cada leitor sinta que você está falando diretamente com ele.
Para isso, você precisa conhecê-los.
Você deve estar ciente de seus obstáculos, dores, desejos, desafios, problemas e medos.
Considere os seguintes questionamentos para entender o seu público-alvo:
Conheça o máximo de detalhes possível, assim, as respostas virão com mais clareza.
Afinal, quanto mais você compreende quem é o seu público, mais específico e fácil será a construção do seu conteúdo.
Muitos conteúdos produzidos por advogados, infelizmente, são apontados na direção oposta: para o próprio advogado.
Nós, profissionais do direito, não fomos ensinados a criar conteúdos para engajar e para converter.
O que os seus potenciais clientes querem ler, e o que os advogados se sentem inclinados a escrever, às vezes, são duas coisas muito distintas.
Sim, este ainda é um grande desafio.
Porém, um bom conteúdo – conteúdo que é lido, lembrado e que gera engajamento – deve ser envolvente.
Deve levar o leitor a uma narrativa compreensível com começo, meio e fim, para que ele leia o conteúdo até o final.
Citar leis, entendimentos jurisprudências ou atualizações legislativas, não inspiraram esse desejo.
Antes de escrever seus conteúdos, tenha em mente que falar de Direito só irá afastar as pessoas.
Lembre-se: no fim das contas, as pessoas só querem saber qual é a melhor solução para um determinado problema que elas estão enfrentando.
Escrever um conteúdo sem ser muito técnico é um desafio, mas é também uma grande oportunidade.
Ao criar conteúdos jurídicos envolventes e focados no seu público-alvo, com toda certeza, você vai se destacar da sua concorrência.
Portanto, a maneira mais eficaz é focar nos interesses e prioridades do seu público.
Na produção de conteúdo, não é você quem deve ditar as regras, mas sim, o seu cliente.
O advogado, Fernando Ricciardi, deu algumas dicas em seu instagram – @advlider – sobre o que não pode faltar em um conteúdo jurídico e como estruturá-lo da maneira certa. Veja:
Você pode adaptar essas dicas para qualquer formato de conteúdo.
Na dúvida, pergunta-se: o meu leitor realmente precisa e quer saber sobre esse tema que eu planejo escrever?
Ao escrever um conteúdo, você pode perder de vista o volume de termos técnicos e jargões que você está usando.
Se você estiver escrevendo para outros advogados, está tudo bem, porque você está no mesmo nível de compreensão.
Mas ao escrever seu conteúdo para pessoas que não estão familiarizadas com o Direito, é importante tornar a sua mensagem clara.
Por essa razão, é melhor evitar o uso do “juridiquês”.
SEO é a sigla de Search Engine Optimization (otimização de mecanismos de busca).
Essa técnica é usada para aumentar o tráfego de usuários no seu site ou blog.
Além de ajudar a alcançar um bom posicionamento das suas páginas nos mecanismos de busca (Google ou Bing).
Assim, é importante identificar o que as pessoas estão buscando na internet, quais respostas elas querem encontrar, quais palavras estão usando, e quais os tipos de conteúdos os usuários gostariam de consumir.
Isso fará com que você se conecte com pessoas que procuram as soluções que você oferece.
Lembre-se: há duas formas pelas quais as pessoas decidem contratar um advogado:
O SEO, mais conhecido como pesquisa de palavras-chave, ajuda você a entender o volume de pesquisa de uma palavra-chave específica.
Ou seja, é um meio de avaliar se vale a pena o investimento em criar um conteúdo em torno de um tema ou palavra específica.
Além disso, conteúdos criados e estruturados utilizando algumas regras básicas de SEO, sinalizam ao Google que seu texto é útil e merece estar na primeira página.
Por isso, preparamos esse checklist sobre os pontos básicos de SEO que você precisa dar atenção:
Não copie as informações e conteúdos que estão na internet.
Dê uma olhada em como a sua concorrência tem produzido os conteúdos, e coloque o seu tom de voz e o seu estilo único.
Explore o que a sua concorrência não abordou no artigo ou no post sobre o tema que você pretende produzir, e deixe o conteúdo ainda melhor.
Não confunda seu leitor debatendo vários tópicos diferentes.
Os seus subtítulos devem ser condizentes com a proposta do seu conteúdo, e com o que o seu público está procurando.
Por exemplo, em um texto sobre regime de bens, quais subtítulos chamariam mais a sua atenção:
ou
A segunda opção parece ser muito mais agradável, não acha?
Aliás, cada um desses tópicos representam um questionamento que seu potencial cliente faria ao Google, sendo fácil identificar as respostas e possíveis soluções, sem fugir da proposta.
Assim, nos próximos conteúdos, você pode abordar os assuntos relacionados a esse tema, por exemplo: regime de bens na união estável.
Eu não tenho ideia sobre o que escrever?
Esse questionamento não fará mais parte da sua vida.
Veja algumas ideias abaixo:
Se você não tem certeza de qual assunto escrever, pergunte ao Google – as suas melhores ideias podem ser extraídas dele.
Afinal, o Google sabe e armazena o que as pessoas mais pesquisam.
Outra maneira de criar conteúdo, é listar as perguntas comuns que os seus clientes fazem para você, ou áquelas deixadas nos comentários de sites jurídicos.
Depois de escolher as perguntas, escreva uma resposta completa em forma de artigo para o blog ou em um contéudo mais objetivo nas redes sociais.
Lembre-se: as pessoas são muitas vezes tímidas e não muito específicas ao fazer perguntas, portanto, antecipar e responder perguntas prováveis durante o texto pode ajudá-los.
Por exemplo: alguém pode pesquisar sobre qual é o melhor regime de bens, mas, no fundo, talvez ela queira saber se casar no regime de separação total de bens lhe dará o direito a algo.
Outra maneira é criar conteúdos que ajudem os seus potenciais clientes a tomarem uma decisão.
Compartilhe a sua opinião de especialista para ajudá-los sobre um determinado problema.
Vamos voltar ao exemplo acima:
Você pode dar a sua opinião sobre qual é o melhor regime de bens, pontuando que cada caso é um caso.
Discorre sobre os possíveis direitos, soluções, seja o mais aberto, transparente e verdadeiro possível.
Liste sobre os pontos positivos e negativos.
Entre nos detalhes sobre como chegar a uma melhor decisão.
Isso vai demonstrar empatia, e seu cliente vai se sentir mais confiante para agir.
Não estamos falando para você citar jurisprudências em seus posts ou debater se uma nova lei é ou não benéfica.
O ponto aqui é: atualizar o seu público sobre um novo entendimento do judiciário, alteração legislativa ou sobre os assuntos do “momento” que dizem respeito a sua área, contanto que sejam interessantes para os usuários.
Explique, de forma simples e direta, que há uma nova solução x para o problema y.
As pessoas que acompanham os seus conteúdos estão procurando uma maneira de se envolver.
E não há nada como o conteúdo gerado pelo usuário.
Sejam as dúvidas deixadas na caixinha de perguntas ou nos comentários do Instagram, ou ainda no blog, as perguntas deixadas por essas pessoas podem virar um conteúdo.
Para que seus usuários compartilhem os seus receios e dúvidas, convide-os a se envolverem.
Para isso, ao final dos conteúdos sempre coloque uma chamada para ação (CTA).
Você não precisa fazer tudo sozinho.
Abaixo, listamos as principais ferramentas e suas funcionalidades para ajudar na produção de conteúdo:
Se você não cria conteúdos porque está sem ideias, seus problemas acabaram.
Ela é uma das melhores ferramentas para descobrir os principais tópicos que as pessoas estão pesquisando, e quais as melhores palavras-chave.
São ferramentas gratuitas de pesquisa de palavras-chave.
Com elas, você consegue várias sugestões de palavras-chave, além de descobrir o volume de buscas por cada palavra.
O Canva auxilia, de forma rápida e intuitiva, na criação dos posts para as redes sociais, além de disponibilizar imagens que podem ser usadas no artigo do seu blog.
Está sem tempo para criar?
Não se preocupe, essa plataforma oferece vários modelos prontos para você personalizar com as cores, imagens e textos que você desejar.
Essa ferramenta tem a proposta de fornecer ideias de conteúdos em poucos segundos.
Tudo o que você precisa fazer é adicionar algumas palavras para obter ideias inteligentes para o seu blog.
Isso é super útil, principalmente nos dias que achamos que já esgotamos todos os tópicos para escrever.
Nós, profissionais do direito, somos ocupados. Não temos tempo a perder em tarefas ineficientes.
É por isso que precisamos implementar processos para tudo o que fazemos.
Pense em todas as petições iniciais, audiências e sustentações orais que você já fez. Cada um delas tinha um processo.
A produção de conteúdo não é diferente.
Às vezes, a falta de tempo, pode estar relacionada com o seu bloqueio criativo. Isso acontece quando você está com tanta coisa na agenda ou com excesso de informações.
Nesse caso, defina o que você vai escrever e agende um horário pela manhã, pois é quando a mente está descansada e as ideias ficam mais claras.
Se organizar, ter um planejamento, definir a frequência de conteúdos e o dia em que você vai produzi-los, é um bom caminho.
Mas se criar conteúdo ainda é uma dificuldade para você, considere analisar esses pontos:
O que você ganha produzindo conteúdo?
É importante que você pense no resultado.
Se isso não estiver bem claro na sua cabeça, as chances de procrastinar essa tarefa serão enormes.
Aliás, você já sabe que é importante produzir conteúdos, caso contrário, você não estaria lendo esse artigo.
Por isso, encare a produção de conteúdo como um projeto, uma tarefa intrínseca da sua advocacia.
A criação de conteúdo deve fazer parte da sua rotina.
Talvez você precise reorganizar sua agenda. Rever suas prioridades. Delegar algumas atividades.
Procure adotar a mentalidade de que no início feito é melhor que perfeito – e produza.
Outro ponto importante a ser observado é: você não precisa publicar todos os dias, principalmente se você está no começo.
No início, um planejamento bem elaborado, às vezes, não é suficiente.
Motivo: você precisa se adaptar a essa nova atividade e, nesse caso, começar aos poucos pode ser uma boa alternativa.
Comece produzindo um artigo ou um post por semana. E com o tempo vai aumentando o ritmo. Comece devagar, mas comece agora.
Os seus conteúdos não precisam ser grandes, desde que, atendam todos os critérios que abordamos nesse artigo.
Você pode pegar um tema e dividi-los em vários artigos.
Assim, o processo se torna mais simples e rápido.
Sim, está sempre será uma possibilidade.
Hoje, no mercado, há diversos profissionais que podem ajudá-lo na produção de conteúdo.
Desde freelancers até empresas especializadas.
Encare isso como um investimento, caso você conclua que realmente não tem tempo para se dedicar a produção de conteúdo.
E a resposta é sim.
Pense em todo trabalho que você teve para criar conteúdos, seria um grande equívoco que esse processo de criação termine com uma simples publicação, não acha?
A ideia é que as pessoas saibam que você fez um novo conteúdo, e isso requer um empurrãozinho.
E aqui está como você pode fazer isso:
Mídias sociais: Você pode divulgar o seu novo artigo do blog no Instagram ou no LinkedIn, aliás, esses são ótimos canais para atrair clientes. Se você tem uma lista de contatos de clientes e potenciais clientes, uma boa opção seria divulgar o seu conteúdo em listas de transmissão do WhatsApp.
Parcerias de conteúdo: Publique em sites jurídicos como Migalhas e faça parcerias com outros profissionais, isso ajudará a promover seu conteúdo e alcançar mais pessoas.
Anúncios pagos: Se você já está há algum tempo produzindo conteúdos, e quer aumentar os resultados ou simplesmente deseja crescer mais rápido, o tráfego pago é uma boa opção.
Em resumo, a produção de conteúdo jurídico, não só fortalecerá a conexão entre a sua advocacia e os clientes em potencial, mas também irá transformá-los em clientes e propagadores do seu trabalho.
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