“É preciso que haja regras para esse jogo. E queremos defini-las, ou pelo menos contribuir para a sua definição”, disse Gurría. Em seguida, justificou: “Trazer os valores humanos para o coração da inteligência artificial é um dos desafios dos nossos dias. Este é o momento certo, por causa da rápida digitalização da nossa sociedade”.
A OCDE não é a única entidade internacional trabalhando no assunto. A Unesco e a Comissão Europeia também montaram seus próprios grupos de conselheiros para definir princípios para a inteligência artificial. Uma das maiores preocupações é de que os robôs reproduzam preconceitos dos humanos. “Temos que evitar a automatização da discriminação, especialmente em decisões de grande impacto na vida das pessoas, como a a aprovação de um empréstimo, ou um julgamento criminal, ou uma entrevista de emprego, por exemplo”, comentou Gurría.
“No fim das contas, a inteligência artificial vai refletir os valores de seus criadores”, resumiu Mark Foster, vice-presidente sênior da IBM, presente no mesmo painel.
A OCDE possui 34 membros, dos quais apenas dois são da América Latina: Chile e México.
Por: Fernando Paiva, de Barcelona | 25/02/19 10:42
Fonte: https://www.mobiletime.com.br/noticias/25/02/2019/ocde-quer-definir-principios-eticos-para-inteligencia-artificial/