A AB2L iniciou suas atividades em 2017 e, desde então, escreve os capítulos de uma história que tem muito para contar sobre o ecossistema de tecnologia jurídica.
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No Brasil, ainda percebemos que as startups estão em amplo crescimento e a cada dia que passa chegam no mercado diversas empresas para atender aos mais diferentes setores. Já passamos pela onda das fintechs e agtechs, mas agora as atenções estão voltadas para as chamadas lawtechs ou legaltechs, que são startups que desenvolvem produtos e serviços com base em tecnologia para atender demandas de cunho jurídico, um dos setores mais “engessados” que temos no país.
A chegada dessas empresas promete mexer com o setor legal no país. Porém, muitos ainda se perguntam se essas tecnologias irão acabar com os advogados. Na minha visão não! Digo isso porque o principal objetivo dessas startups é auxiliar o setor, que possui muitas demandas e ainda trabalha de forma manual.
As legaltechs estão oferecendo para o mercado uma saída mais rápida e eficiente para o dia a dia, automatizando os tribunais, minerando dados, ajudando na gestão dos escritórios e outros serviços necessários para o setor. Ou seja, essa tecnologia tem sido uma importante aliada dos advogados, que podem focar somente no que é necessário em sua rotina.
Em pesquisa realizada em julho deste ano pela AB2L, (Associação Brasileira de Lawtechs & Legaltechs), existem hoje no Brasil 38 empresas que oferecem serviços para o setor jurídico. 37% dos advogados consideram que o escritório/empresa onde trabalham não utiliza ferramentas tecnológicas para o desenvolvimento de suas atividades e 88% dos profissionais consideram que o local onde trabalham pretende utilizar soluções de lawtechs no futuro próximo para auxiliar nas demandas internas.
Percebo que esse setor ainda tem uma dificuldade grande pela frente, pois muitos advogados acham que os locais onde trabalham precisam de serviços e produtos customizados, e não de uma plataforma geral para todas as empresas. Eles entendem que isso pode dificultar a criação de modelos de negócios que sejam palpáveis para as lawtechs.
Então o desafio está lançado. Será que as statups irão se adequar às mudanças e demandas do setor jurídico? Eu acredito que sim, e tenho certeza que elas se tornarão algo indispensável para o dia a dia deste setor.
Por Eduardo Tardelli
Fonte: http://www.administradores.com.br/noticias/negocios/o-que-sao-as-legaltechs-no-brasil/120899/
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