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Texto original de Bernardo de Azevedo e Souza, publicado no Linkedin
Profissionais da advocacia e membros do Ministério Público já estão investindo em animação 3D para apresentar suas teses e argumentos com mais clareza e sem ruídos. Aos poucos, os primeiros cases de aplicação desse recurso começam a aparecer.
Na newsletter de hoje vou esclarecer os principais pontos relacionados à animação 3D na área jurídica. Reuni boa parte dos questionamentos que recebi por meio das redes sociais. Veja o que você precisa saber sobre essa importante técnica:
As animações 3D são representações visuais geradas por computador, com auxílio de softwares, que simulam movimentos de pessoas e objetos em um ambiente tridimensional.
Quando aplicadas à área jurídica, servem para explicar a dinâmica dos fatos, ilustrar teses, comunicar argumentos de forma mais clara e facilitar a compreensão do julgador. Com elas, advogados podem ilustrar diferentes perspectivas e contrapor versões perante os jurados, ou representar o cenário com as mesmas características do ambiente real.
Porque elas ilustram aquilo que o conteúdo escrito, por melhor redigido que seja, nem sempre dá conta de representar. Além disso, estudos apontam que adotar vídeos e outros recursos visuais em apresentações contribui para a compreensão e retenção do conteúdo. O conteúdo visual nos auxilia a guardar informações relevantes na memória.
Estas são as principais:
Os principais softwares utilizados para produzir animações 3D são:
No plenário do júri, por meio de telão.
Nos demais casos, por meio de hyperlinks, QR Codes ou imagens clicáveis.
Para defender o réu Elissandro Spohr (Kiko) durante o julgamento do Caso Boate Kiss, em dezembro de 2021, o advogado criminalista Jader Marques utilizou uma reconstrução digital do estabelecimento. O júri foi repleto de momentos marcantes, mas, sem dúvida, ganhou destaque o uso de animação 3D em plenário.
Com a técnica, o profissional buscou oferecer aos jurados um olhar mais amplo sobre o incêndio e a estrutura interna da boate. A reconstrução digital, produzida pelo View 3D Studio, apresentou o estabelecimento em dois momentos distintos. O primeiro em 2009, antes da reforma; e o segundo em 2013, depois da reforma:
O advogado criminalista Luciano de Souza Katarinhuk utilizou uma animação 3D em plenário, na 1ª Vara Criminal de Nova Aurora (PR). Com o recurso, o profissional conseguiu explicar, de forma clara e compreensível, a tese defensiva de seu cliente. Assista ao vídeo:https://www.linkedin.com/embeds/publishingEmbed.html?articleId=8125670943285308239
Allison Batista Carvalho é outro profissional a adotar a animação 3D em plenário. O advogado criminalista, que atuou como assistente de acusação durante um júri na 1ª Vara de Guarabira (PB), utilizou o recurso para apresentar duas versões distintas dos fatos. O objetivo foi colocar em xeque a tese do advogado de defesa. Assista ao vídeo:https://www.linkedin.com/embeds/publishingEmbed.html?articleId=7659946459368540017
À medida que a tecnologia avança, aumenta também a qualidade gráfica das animações 3D. Hoje em dia é possível representar personagens e ambientes em seus mínimos detalhes. Softwares como Blender e Cinema 4D permitem aprimorar a narrativa jurídica de forma visual, facilitando a compreensão das teses pelos magistrados.
O uso de recursos visuais vem crescendo cada vez mais na área jurídica, e a animação 3D permite ajudar o julgador na compreensão de situações processuais específicas. O foco não é eliminar o texto escrito, que continuará sendo relevante, mas empregar o poder dos elementos visuais para melhorar a comunicação da mensagem.
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