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Nick Szabo, um dos pioneiros na ideia de moedas digitais descentralizadas, argumentou que os bancos centrais poderão em breve recorrer aos criptoativos para reforçarem suas reservas.
Em comentários após sua apresentação na Cúpula Israel Bitcoin, na Universidade de Tel Aviv, na última terça-feira. 09 de janeiro, Szabo propôs que em 2019 – em um contexto de crescente incerteza geopolítica global – os criptoativos podem ser cada vez mais vistos como uma alternativa sólida dentro dos balanços de reserva dos bancos centrais.
“Haverão algumas situações em que um banco central não poderá confiar em um banco central estrangeiro ou em títulos do governo, por exemplo. Uma solução é fazer com que o governo suíço faça isso por você. Essa, porém, ainda não é uma solução de confiança. O próprio governo suíço está sujeito a pressões políticas e, portanto, uma solução mais confiável para esse problema são os criptoativos”, afirmou Szabo.
As reservas dos bancos centrais – que podem ser participações em moedas fiduciárias nacionais ou estrangeiras, ou outros ativos de reserva internacional, como direitos especiais de saque (SDR), títulos do governo, ações corporativas e ouro – são um baluarte do sistema financeiro existente e são usadas como colateral para empréstimos, para defesa contra riscos econômicos e para influenciar a política monetária.
Em sua fala, Szabo ignorou o ouro físico em particular e o classificou como como vulnerável, citando o precedente histórico da pilhagem nazista das reservas de ouro da Europa, começando com a da Áustria em 1938.
Szabo é um criptógrafo veterano, tendo desenvolvido o conceito de “BitGold” – uma moeda digital concebida em 1998. Com foco na privacidade, o BitGold nunca foi implementado, mas serviu como base para a criação do Bitcoin 10 anos depois. Ele também foi o primeiro a conceber a ideia de contratos inteligentes, em 1996 – quase 20 anos antes de Vitalik Buterin e sua Ethereum colocarem em prática – e continua a ser um nome muito influente na comunidade.
Em outras observações, Szabo previu que a adoção de criptoativos aumentaria em países onde a má administração econômica precipitou uma desvalorização da moeda, gerando inflação, bem como em estados politicamente marginalizados por pressão de sanções internacionais.
Voltando ao estado atual do desenvolvimento tecnológico no setor de criptoativos, Szabo previu que 2019 será o ano do início à adoção crescente de soluções de segunda camada para o Bitcoin, como a Lightning Network.
Por Luciano Rocha
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