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Que a nova política de privacidade do WhatsApp – que obriga os usuários a compartilharem seus dados no mensageiro com outras empresas que estão sob o guarda-chuva do Facebook, sob pena de congelamento da conta caso não concordem – vem gerando protestos por parte dos usuários em todo o mundo, isso não novidade. E, como já era esperado, o tema também está ganhando a atenção de autoridades públicas. E uma delas é o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) que estuda medidas judiciais e administrativas para fazer com que o uso do aplicativo seja garantido mesmo para aqueles que não estão de acordo com a prática.
Os novos termos de uso entrarão em vigor em fevereiro deste ano e já aparecem para muitos usuários brasileiros, que precisam ler os termos e dar um “OK”, sinalizando que concordam com a política. Os mensageiros do grupo estão em processo de integração, sendo que a união dos serviços de mensagem do Facebook e Instagram já estão em andamento, com a interoperabilidade com o WhatsApp sendo o próximo passo. Outro ponto importante que influenciou a atualização das políticas do WhatsApp é o uso do Facebook Pay como estrutura de processamento dos pagamentos no aplicativo, usado também nas lojas do Instagram.
No entanto, para o Idec, tal prática se mostra problemática, já que o Facebook não dá opções que restrinjam o compartilhamento de dados no Brasil. Além disso, a entidade pretende analisar o assunto com mais cuidado nessa semana e se basear nos exemplos da União Europeia e do Reino Unido, que proibiram o WhatsApp de implementar essa nova política de privacidade.
Segundo a seção Painel S.A., do jornal Folha de São Paulo, o WhatsApp coleta automaticamente informações como registros de interações com contatos e empresas (tempo, frequência e duração), uso de grupos, recursos de pagamentos, informações dos smartphones e PCs e até mesmo fotos dos perfis. No entanto, a empresa não teria acesso às mensagens, protegidas por criptografia ponta-a-ponta.
Procurado pela Folha, o WhatsApp afirmou que não comenta “medidas que possam vir a ser tomadas”, diz que nada muda no compartilhamento dos dados e que manterá a proteção à privacidade. Ainda segundo os administradores do mensageiro, a nova política foi tomada para aumentar a transparência. Em nota, a companhia afirma:
“Como anunciado em outubro, o WhatsApp quer que as pessoas tenham cada vez mais facilidade tanto para comprar, como para conseguir suporte de uma empresa, diretamente na plataforma. Daqui para a frente, as empresas podem optar pelos serviços seguros de hospedagem do Facebook para ajudar no gerenciamento das comunicações com seus clientes no WhatsApp.”
As novas políticas de privacidade do WhatsApp gerou críticas ao Facebook mundo afora, inclusive de figuras públicas, como Elon Musk, CEO da Tesla e do ativista Edward Snowden. E, na esteira dos protestos, o SIgnal, app de mensagens criptografadas ganhou um volume de usuários acima do normal nos últimos dias.
O número de inscrições para o app foi tão grande, que os servidores do mesmo registraram atrasos no processo de cadastro na última quinta-feira (7). O volume de novos registros sobrecarregou o sistema de envio de códigos de verificação do app. O problema já foi corrigido.
Fonte: Folha de São Paulo
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