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Hoje é o Dia Internacional da Privacidade de Dados, 28 de janeiro. Esta data comemorativa foi estabelecida pelo Comitê de Ministros da Europa em abril de 2006, para que a população do mundo todo celebrasse, além de lembrar que privacidade de dados pessoais é fundamental, indispensável e deve ser encarada como um direito natural.
A data serve como lembrete de que devemos nos preocupar com nossos dados e que mesmo com o Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (GDPR), na Europa e com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), no Brasil, empresas ainda abusam de dados de clientes e usuários, seja coletando dados sigilosos e que deveriam ser totalmente pessoais, como também os armazenando em servidores vulneráveis, vazando, vendendo e até trocando com outras empresas.
No entanto, o regulamento de dados europeu e a lei de dados brasileira não possuem muita relação com a data de hoje. Embora ambos tenham sido criados em 2018, a LGPD, por exemplo, só entrou em vigor no meio do ano passado (mesmo ainda estando em seu período de gestação, ignorando muitos casos de abuso de dados por empresas e até mesmo pelo governo brasileiro), quatorze anos depois do estabelecimento do Dia Internacional da Privacidade de Dados.
As reflexões acerca da data de hoje se tornam ainda mais importantes no cenário atual, marcado pelas práticas abusivas de empresas com relação aos dados de seus clientes e usuários. Além disso, principalmente neste momento de isolamento e trabalho remoto, muitas empresas se aproveitam das dificuldades para adiar as preocupações com os dados que coletam.
De acordo com o estudo, 2021 Data Privacy Benchmark Study, publicado pela Cisco, 60% das empresas não estão preparadas para os requisitos de privacidade e segurança envolvidos na adoção do trabalho remoto, que cresceu assustadoramente por conta da pandemia do novo coronavírus (COVID-19).
A população, no entanto, percebe essa negligência descarada no tratamento de dados pessoais e afirma não estar nada satisfeita com a situação: 87% dos 4400 profissionais entrevistados no estudo, manifestam preocupação com as proteções de privacidade nas ferramentas de que precisam para trabalhar, interagir e se conectar remotamente.
Mas é importante lembrar que esse tema tem ganhado cada vez mais relevância e notoriedade, principalmente durante a pandemia, que forçou o aumento do número de profissionais trabalhando remotamente, o que, consequentemente, fez com que as pessoas se preocupassem mais em como as ferramentas que usam, coletam e utilizam seus dados.
28 de janeiro, o Dia Internacional da Privacidade de Dados serve para comemorarmos essa crescente preocupação e exigência com a privacidade de dados. “Encontramos fortes evidências de que a privacidade se tornou uma prioridade ainda mais importante durante a pandemia”, escrevem os pesquisadores.
“Os orçamentos de privacidade aumentaram no último ano, as organizações têm mais recursos focados na privacidade e os investimentos em privacidade que vão além da lei estão se traduzindo em valor comercial real […] Os consumidores estão exercendo seus direitos de privacidade e exigindo a aplicação das proteções de privacidade existentes.”
“A reafirmação do valor da privacidade, mesmo durante a pandemia, a posiciona como uma prioridade para os próximos anos. Privacidade não é mais uma reflexão tardia; é fundamental para a forma como trabalhamos e interagimos uns com os outros. A Era da Privacidade chegou”, concluem.
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