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Estruturar informação para gerar inteligência no jurídico: essa é a Linte

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Linte, mais do que automatizar documentos, estrutura informações jurídicas que permitem às empresas gerenciarem seus casos com mais inteligência.

“Metade dos custos de um departamento jurídico poderiam ser economizados se os advogados soubessem usar a tecnologia a seu favor. O papel do advogado corporativo deve ser cada vez mais orientado à estratégia e ao negócio e menos às questões operacionais do dia a dia”, comenta o fundador Gabriel Senra.

A lawtech foi criada em janeiro de 2015 e em razão do potencial do mercado e seu rápido crescimento. A empresa participou do programa de aceleração da 500 Startups, no Vale do Silício, e captou recursos com o fundo de investimento americano Valor Capital Group e Redpoint eVentures. “O investimento e a mentoria que recebemos nos permitiu passar um tempo no Vale aprimorando nosso produto, nossa cultura e nosso modelo de distribuição. Estamos muito animados com os nossos resultados e com as perspectivas. Já ajudamos empresas a economizarem mais de R$ 30 milhões em despesas jurídicas e, agora, estamos fechando projetos com algumas das maiores empresas do Brasil”, continua.

Ele ressalta, no entanto, que não criou mais um escritório de advocacia: “Não prestamos serviços jurídicos. Temos advogados na equipe, mas somos uma empresa de tecnologia. O cliente é responsável pelo conteúdo e nós simplesmente o ajudamos a tornar a sua entrega mais ágil e menos onerosa. A ideia é tornar os departamentos jurídicos mais escaláveis, oferecendo aos gestores cada vez mais controle e visibilidade das informações mais relevantes”.

O case é muito bacana. Contaremos ele e muitos outros no LawTech Conference, maior conferência da América Latina para discutir a empregabilidade de tecnologia no setor jurídico.

Gabriel nos deu sua impressão sobre o mercado em geral: “Sempre fui um grande entusiasta da aplicação de tecnologia na prática jurídica. Como advogado, sempre batalhei muito para casar esses mundos. Quando fundei a Linte, em 2015, o cenário de lawtechs ainda era bastante embrionário. Existia pouca coisa, alguns encontros para discutir o movimento. É gratificante demais presenciar o crescimento acelerado e extremamente bem-vindo de novas empresas tentando entrar nesse mercado tão promissor. Quando falamos de Brasil, com o número de processos que a gente tem, com a burocracia, os entraves regulatórios, temos um solo muito fértil para empreender e mudar esses processos. Desburocratizar, resolver conflitos, otimizar o tempo. Esse é o papel das lawtechs. Um movimento fundado em raízes muito sólidas: o contexto do Brasil. Estamos no começo. A multidisciplinariedade de equipes, a divisão de backgrounds, tem um papel muito importante nesse cenário. É uma oportunidade, sobretudo, para o advogado, mas tem espaço para todo mundo”.

Apesar de ter um solo muito fértil para o empreendedorismo e um mercado muito promissor, é válido lembrar que estamos em um contexto de muita regulação e regras. Além disso, existe uma fricção natural da adoção dessas novas tecnologias. Isso vem sendo quebrado, vem evoluindo. Na opinião do empreendedor:

“A união dessas empresas em uma Associação nada mais é do que uma oportunidade de ouro para que a gente possa acelerar a maturidade do ecossistema, unificar o discurso, educar o mercado com as possibilidades e benefícios e principalmente agir com mais representatividade nas discussões regulatórias. Hoje a AB2L é de fato o elo mais importante de comunicação das empresas que necessitam de diálogo com a OAB. Mais importante ainda é a organização de eventos e a reunião do ecossistema em um lugar só. Para surgir insights e negócios. Todo ecossistema maduro possui um centro gravitacional onde as pessoas se encontram, para discutir novas ideias, apresentar suas soluções. Esse é o papel que o LawTech Conference está começando a construir”.

Por fim, questionamos sobre os desafios que o ecossistema tem de enfrentar:

“As lawtechs não podem embarcar no buzz ou no hype das palavras dessa Nova Economia. A Nova Economia está fundamentada em compartilhamento, em conexão. O mercado jurídico tem um certo conservadorismo em relação a esse conceito. É uma barreira. Conforme ela for quebrada, cabe às lawtechs adotarem uma postura de muita serenidade, de muita honestidade em relação ao que é possível fazer. Não tem glamour, tem eficiência e execução. Não caia no hype e realmente entenda qual é o seu propósito para superar barreiras que já são altas por um movimento sociológico, histórico cultural. Vamos ser mais honestos com o que de fato é possível, o que traz resultados. Não acredito que os advogados serão substituídos, mas acredito veemente que toda a prática jurídica será transformada radicalmente. Advogado que tem medo de tecnologia deveria ter mesmo. Quem não tem, é hora de colher os frutos. É inevitável esse movimento”, finaliza.


Por:  Lucas Bicudo

Fonte: https://conteudo-startse-com-br.cdn.ampproject.org/c/s/conteudo.startse.com.br/startups/lucas-bicudo/estruturar-informacao-para-gerar-inteligencia-no-juridico-essa-e-linte/amp/

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