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Escritórios de advogacia eliminam código de vestimenta e linguagem pomposa para modernizar imagem

Publicado em
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Decisões são tomadas no momento em que as empresas de advocacia se tornam locais de trabalho melhores para as mulheres, após grandes escândalos de assédio sexual

As firmas de advocacia de Londres estão abolindo códigos de vestimenta e o uso do “excelentíssimo” na correspondência legal, com o objetivo de mudar a imagem antiquada do setor. A grande firma de advocacia americana Quinn Emanuel adotou neste mês formas neutras de gênero em sua forma de tratamento para romper com uma tradição. Ela disse que seus funcionários deverão agora usar alternativas como “caros colegas” ou “caro advogado”, seguindo a Freshfields Bruckhaus Deringer, que proibiu seus funcionários de usar o termo “excelentíssimo” há quatro anos.

“Precisamos usar uma forma de tratamento que não seja centrada no gênero. A ideia é mostrar que levamos a questão dos gêneros a sério e somos revolucionários e inovadores em nosso pensamento”, disse Richard East, sócio sênior da Quinn em Londres. “Mais mulheres e homens adotam a profissão todos os anos. Por isso, como você pode continuar perpetuando práticas como essa?”

A Pinsent Masons também adotou medidas de modernização abolindo seu código de vestimenta de duas páginas em favor de um enunciado simples de uma única linha. Ela está aconselhando os funcionários a se “vestirem adequadamente para o seu trabalho, agenda e parte interessadas”, numa mudança de política que vem sendo testada há um ano.

As decisões são tomadas no momento em que as empresas de advocacia se tornam locais de trabalho melhores para as mulheres, depois de grandes escândalos de assédio sexual envolvendo algumas das maiores firmas do setor.

Desde 2018 há mais mulheres do que homens atuando como advogados no Reino Unido, segundo a The Law Society. Mas ainda há uma grande diferença de remuneração entre advogados homens experientes e mulheres, além de uma ausência de executivas em posições de liderança.

A Pinsent Masons está mudando seu código de vestimenta para empoderar o “staff” e dar a ele mais liberdade. No passado, ela listava roupas apropriadas e inapropriadas, recomendando sapatos engraxados, calças sociais, vestidos e paletós e alertando contra o uso de minissaias , shorts e vestidos casuais.

Jonathan Bond, diretor de RH da Pinsent Masons, diz: “Há muita discussão sobre questões de conduta no mundo jurídico e a reação de muitas firmas está sendo lançar novas políticas e procedimentos para policiar o comportamento. Nossa visão é que embora essa postura possa dar ao empregador algo parecido como uma apólice de seguro, é impossível legislar sobre todas as questões que envolvem o ambiente de trabalho e isso pouco ajuda a resolver problemas e comportamentos culturais.”

As decisões da Quinn e da Pinsent foram bem-recebidas por Christina Blacklaws, ex-presidente da The Law Society na Inglaterra e no País de Gales.

“Fazer mudanças na maneira como nos dirigimos uns aos outros e no que podemos ou não usar no ambiente de trabalho é uma coisa relativamente fácil e traz um impacto positivo enorme para a cultura e a política de inclusão das firmas de advocacia”, diz.

Em 2016, a Freshfields exortou seus funcionários a usar “excelentíssimo ou excelentíssima” no Reino Unido e “caras senhoras e senhores” nos Estados Unidos. A informação foi publicada em primeira-mão pela revista “Lawyer”.

FONTE: //valor.globo.com/carreira/noticia/2020/02/18/escritorios-de-advogacia-eliminam-codigo-de-vestimenta-e-linguagem-pomposa-para-modernizar-imagem.ghtml

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