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Buser libera a catraca no Nordeste e em MG

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Justiça Federal nega tutela de urgência que tentava impedir Buser e empresas parcerias de atuar em São Paulo
Imagem: Divulgação

Após avançar com uma captação de R$ 700 milhões em junho, a Buser vai desembarcar definitivamente no Nordeste. A startup de intermediação de passagens de ônibus passará a atender 27 cidades na região, incluindo todas as capitais. Faz marketing agressivo nas novas praças e em Minas Gerais, desenvolve serviço de encomendas e começa a explorar São Paulo, com serviços de vans.

“A vacinação impulsionou as pessoas a viajar mais. Fomos cobrados no Nordeste sobre quando iríamos retomar a operação por lá”, disse Marcelo Vasconcellos, co-fundador na Buser.

A empresa iniciou uma operação tímida na região em novembro de 2019, mas suspendeu em março de 2020 por causa da pandemia. Antes, a operação se limitava a cidades como Natal, João Pessoa, Fortaleza, Recife e Aracaju. Agora, vão ser mais de 160 trechos (pares de cidades).

Vasconcellos disse que dessa vez a operação vai ligar o Nordeste ao Centro-Oeste e Sudeste do País. A primeira viagem vai ligar São Paulo a Salvador nesta quarta-feira.

A empresa vai operar com fretamento de ônibus e vender passagens de outras companhias, concorrendo com a ClickBus, além das empresas tradicionais.

Com R$ 700 milhões no caixa, a Buser irá adotar uma postura agressiva para conquistar clientes ao oferecer 26 trechos gratuitos em setembro, como Campina Grande (PB) – Recife (PE), Caruaru (PE) – João Pessoa (PB) e Feira de Santana (BA) -Salvador (BA). A captação foi liderada pela LGT Lightrock, que já investiu em empresas como Creditas e Dr. Consulta. Acompanharam o investimento na Buser as companhias Softbank, Monashees, Valor Capital Group, Globo Ventures e Canary, que também participaram de outras rodadas de aportes na Buser, ocorridas em 2018 e 2019.

Depois das paralisações provocadas pela pandemia, a startup conseguiu retomar seus negócios e transportou 282 mil passageiros em julho, número que saltou para 378 mil em agosto, um recorde. A perspectiva é fechar setembro com 511 mil passageiros.

Questionado sobre planos para crescer em outras regiões, Vasconcellos disse que tudo dependerá do desenrolar da pandemia. “A gente ainda é muito pequeno no Sudeste. Tem muito espaço para crescer. Em Minas Gerais temos mais de 100 cidades que não são atendidas por nenhum tipo de serviço. Estamos fazendo mapeamento de cidades que a gente pode crescer e não só no Sudeste”, disse.

A dúvida que surge, entretanto, é qual será a reação do setor de transporte tradicional. A Buser tem travado diversas batalhas judiciais com operadores de ônibus em todo o Brasil. As concorrentes argumentam que a Buser atua com fretamento, mas que no fim a operação se assemelha ao transporte regular, regido por uma legislação diferente. Entre as características do fretamento na legislação federal está o chamado circuito fechado, ou seja, que o ônibus volte pelo mesmo trajeto de onde partiu – o que não acontece na Buser.

Em São Paulo, a agência de transporte estadual (Artesp) pôs em consulta pública um projeto de lei em 2020 que, a rigor, impediria empresas como a Buser de operar. O texto está em elaboração pela agência e não há data para apresentação.

Em Minas Gerais, onde o Buser nasceu, está em discussão na Assembleia Legislativa do Estado um projeto de lei (1.155) que regulamenta o fretamento de veículos para o transporte intermunicipal de passageiros e que, segundo a Buser, inviabilizaria seu negócio. A empresa, como forma de protesto, vai oferecer de graça todas as viagens dentro de Minas Gerais entre 8 a 22 de setembro.

Paralelo a todo esse movimento, a empresa continua seus experimentos no braço de encomendas, cujo objetivo é alcançar transporte diário de 1,5 mil toneladas em 2022. No início deste ano, o projeto estava em fase piloto com algumas varejistas. Agora, diante da demanda, a Buser passou a testar uma van para o transporte de encomendas em algumas cidades em São Paulo.

“Já estamos com vários clientes rodando. E aumentando também a expansão geográfica em algumas cidades que a gente não atendia com passageiros”, disse. Hoje, o negócio de encomendas está concentrado na região Sudeste, mas a ideia é também expandir.

O movimento segue na direção da aposta da paranaense Princesa dos Campos, que na crise passou a faturar mais com a entrega de encomendas com vans e caminhões do que no braço de transporte de passageiros.

Texto original de Cristian Favaro, publicado pela Valor Econômico

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