A AB2L iniciou suas atividades em 2017 e, desde então, escreve os capítulos de uma história que tem muito para contar sobre o ecossistema de tecnologia jurídica.
Conheça nossas associadas.
Programas para educar o mercado, fomentar o ecossistema e participar ativamente do processo de regulamentação brasileiro entre direito e tecnologia.
Capítulos regionais/locais exclusivos para associados e grupos abertos ao público em geral.
Mais de 300 horas de conteúdo educacional focado no ecossistema jurídico e tecnológico.
Exclusivo para associados.
O relatório Justiça em Números 2017, que traz os dados mais recentes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), mostra que o número de processos em tramitação não para de crescer. Já são 109 milhões de processos tramitando no sistema judiciário– 29,4 milhões novos e 80 milhões já existentes. Por outro lado, segundo o último levantamento da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), há cerca de 1 milhão de advogados no País, número muito inferior à quantidade de casos pendentes e que ingressam no Judiciário ano a ano. Para dar conta desse grande volume de informações, as soluções tecnológicas são o
recurso óbvio para maior agilidade e menores custos.
A Associação Brasileira de Lawtechs e Legaltechs (AB2L) foi criada em julho com objetivo de criar um ambiente propício ao desenvolvimento de tecnologias para o segmento por meio de startups especializadas, as chamadas lawtechs ou legaltechs. “Acho que a tecnologia é fundamental.
Os advogados precisam se adaptar às inovacões, diz Bruno Feigelson, presidente da Associação Brasileira de Lawtechs e Legaltechs
O mercado jurídico está sendo impactado de duas formas. Os advogados estão sendo desafiados a contribuir com essa mudança tecnológica e ela está sendo inserida cada vez mais no cotidiano deles. O advogado 4.0 usa uma série de plataformas tecnológicas
para potencializar seu trabalho e evitar atividades repetitivas”, explica
Bruno Feigelson, presidente da AB2L e sócio do escritório Lima Feigelson Advogados.
A AB2L possui 80 lawtechs associadas. Porém Feigelson estimaque o universo de jovens empresas, ao todo, seja de aproximadamente 200. “Acredito que aumentaremos a base de lawtechs aqui na AB2L cerca de quatro vezes até o fim do ano. Isso sem contar escritórios de advocacia e departamentos jurídicos. A boa recepção do mercado estimula isso”, complementa.
“O Brasil é o melhor mercado porque concentra o maior número de processos ajuizados”, afirma Melissa Felipe Grava, sócia e cofundadora da Mediação Online (MOL), empresa fundada em 2015 e primeira plataforma 100% online do Brasil para solução extrajudicial de conflitos por meio da mediação. A MOL foi uma das 36 companhias selecionadas, este ano, para o 500 Startups, programa de aceleração e fundo de venture capital americano com sede em São Francisco, nos Estados Unidos. Ela utiliza software próprio que acompanha todo o processo, até a assinatura do contrato. E há grandes bancos brasileiros usando seus serviços para resolver conflitos com empresas ou pessoas físicas – a MOL revelou que esses clientes são Itaú e Banco do Brasil. “Nossa proposta, além de cortar custos diretos e indiretos, remunera os mediadores”, explica Grava. Quem também faz parte desse universo é Marcos Speca, um dos fundadores da Legal Insights, plataforma de serviços analíticos e inteligência artificial (IA). “O segmento, hoje, passa por uma transformação digital. Mesmo existindo várias empresas e lawtechs, o foco ainda está muito no escritó- rio de advocacia, o que faz que exista uma oportunidade para atender às empresas e o departamento jurídico corporativo”, comenta. Criada este ano, ela já venceu a 2a edição do Demo Day Ahead, programa de aceleração fruto da parceria entre a Startup Farm, maior aceleradora da América Latina, e a Visa. Além disso, conquistou o Magazine Luiza, seu primeiro cliente, quando ainda estava na fase de protótipo. “Eles estão usando a plataforma desde fevereiro, e em poucos meses reduziram em 48% os custos médios para demandas trabalhistas e 28% para demandas de consumidor .”
Há consenso de que as soluções tecnológicas não vão substituir os advogados, mas inovar em relação a procedimentos antigos que já não encontram mais lugar em ambientes de constante mudança. “Mais do que uma revolução tecnológica, estamos vendo uma revolução cultural. Infelizmente, o ambiente jurídico é muito tradicional. É preciso mudar o modo de pensar. Os advogados estão com a cabeça do século 20 e têm que vir para o século 21. O ambiente jurídico precisa ser mais saudável, mais salutar e a sociedade precisa de advogados mais conectados à nova realidade”, diz Feigelson.
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