A AB2L iniciou suas atividades em 2017 e, desde então, escreve os capítulos de uma história que tem muito para contar sobre o ecossistema de tecnologia jurídica.
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Por Bruno Santos, sócio e fundador da Xjur Tecnologia.
Nos últimos anos, a inteligência artificial (IA) e a automação têm transformado diversos setores, e o universo jurídico não é exceção. Essas tecnologias estão revolucionando a maneira como advogados, juízes e outros profissionais do direito trabalham, trazendo mais eficiência, precisão e acessibilidade ao sistema judiciário.
É tudo uma verdadeira sopa de letrinhas. Se, para alguém que é de tecnologia, é difícil acompanhar a quantidade de ferramentas, siglas e afins que surgem todos os dias, imagine para pessoas de outras áreas. Mesmo com a dificuldade, não tem jeito, todos precisam saber o que está acontecendo e, principalmente, tentar prever o que acontecerá no futuro. Onde estamos e para onde vamos? Vem mergulhar neste artigo, onde quero explorar e pincelar um pouco mais sobre as tecnologias que envolvem o universo jurídico.
Automação de tarefas repetitivas:
A automação pode reduzir significativamente o tempo gasto em tarefas repetitivas, como a revisão de documentos e a pesquisa jurídica. Softwares de IA conseguem analisar grandes volumes de dados em minutos, identificando padrões e extraindo informações relevantes com precisão. Isso não só agiliza os processos, mas também reduz custos operacionais. Especialmente quando falamos de automação de tarefas, logo pensamos em RPA (Robotic Process Automation), o modelo de tecnologia mais usado para automatizar processos. Uma das grandes dificuldades dessa tecnologia é a manutenção, pois é um desenvolvimento muito sensível. Por exemplo, uma simples mudança de campo na tela pode interromper a automação.
Inteligência Artificial na análise de dados:
A IA permite a análise avançada de dados, ajudando na previsão de resultados de casos com base em precedentes históricos. Ferramentas como a análise preditiva podem auxiliar advogados a desenvolver estratégias mais eficazes, aumentando as chances de sucesso nos tribunais. Essa é uma das formas mais eficazes de “prever o futuro”. Com bons modelos matemáticos, é possível obter ótimos indicadores.
Chatbots e Assistentes Virtuais:
Os chatbots e assistentes virtuais estão se tornando cada vez mais comuns nos escritórios de advocacia. Eles podem fornecer suporte imediato a clientes, responder a perguntas frequentes e até mesmo auxiliar na preparação de documentos legais. Isso libera os advogados para se concentrarem em tarefas mais complexas e estratégicas. Um chatbot bem feito pode contribuir muito, mas é importante evitar os modelos básicos de “clique aqui”.
Blockchain e Segurança de Dados:
A tecnologia blockchain está começando a ser adotada para garantir a segurança e a integridade dos dados jurídicos. Contratos inteligentes (smart contracts) baseados em blockchain garantem a execução automática de termos contratuais, reduzindo a necessidade de intermediários e aumentando a confiança entre as partes envolvidas.
Desafios e Considerações Éticas:
Embora a adoção de IA e automação traga inúmeros benefícios, também levanta questões éticas e desafios. A transparência nos algoritmos, a proteção de dados sensíveis e o impacto no emprego de profissionais do direito são aspectos que precisam ser cuidadosamente considerados.
Conclusão:
A inovação tecnológica está remodelando o panorama jurídico, trazendo oportunidades para maior eficiência e acessibilidade. No entanto, é essencial equilibrar os benefícios com as considerações éticas para garantir que o uso dessas tecnologias seja justo e responsável.
Bruno Santos é um profissional formado em Ciência da Computação e atuação no setor jurídico com mais de 15 anos de experiência, especializado em Gestão de Projetos e Implantação de Software Jurídico. Ele é certificado PMP desde 2017 e atuou em cargos de consultoria, gerência e direção em empresas de tecnologia do país. Como sócio e fundador da Xjur Tecnologia, ele lidera o desenvolvimento de um ERP para otimizar as rotinas dos clientes. Além disso, como CEO da Orange Consulting, já entregou mais de 200 projetos, com um NPS superior a 9, demonstrando seu compromisso com a inovação e eficiência no setor jurídico.
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