
A AB2L iniciou suas atividades em 2017 e, desde então, escreve os capítulos de uma história que tem muito para contar sobre o ecossistema de tecnologia jurídica.
Conheça nossas associadas.
Programas para educar o mercado, fomentar o ecossistema e participar ativamente do processo de regulamentação brasileiro entre direito e tecnologia.
Capítulos regionais/locais exclusivos para associados e grupos abertos ao público em geral.
Com a crescimento das startups jurídicas, por todo o país, existe uma grande preocupação e receio de que os advogados sejam substituídos por máquinas.
Mas, será que isso realmente vai acontecer?
O mercado judiciário brasileiro é enorme e possui uma quantidade gigantesca de processos e de demandas jurídicas. Segundo a OAB, existem mais de 100 milhões de processos em tramitação em todo o território nacional. Em média, são 100 processos por advogado. De acordo com dados do CNJ, a cada ano entra no sistema judiciário brasileiro cerca de 22.6 milhões de novos processos.
Diante desse mercado volumoso e cheio de oportunidades, empresas estão juntando práticas jurídicas com tecnologia para alcançarem resultados mais rápido e de forma mais eficiente. Essas empresas são chamadas de Legaltechs ou Lawtechs.
As startups jurídicas são modelos de negócio que geralmente desenvolvem softwares, aplicativos e plataformas para auxiliarem escritórios de advocacia e departamentos jurídicos. Essas empresas oferecem serviços baseados em ferramentas que aplicam inteligência artificial, machine learning, análise de dados e algoritmos para tornar o trabalho jurídico mais ágil e eficiente.
Segundo a Associação Brasileira de Lawtechs e Legaltechs (AB2L), o Brasil já possui mais de 200 Lawtechs/Legaltechs associadas. Essas startups são divididas em 13 categorias, como automação e gestão de documentos, gestão de escritórios e departamentos jurídicos, resolução de conflitos online, compliance, analytics e jurimetria, etc.
Atualmente, estamos vivendo uma revolução tecnológica que está modificando quase todas as profissões, e não só a Advocacia. Negócios disruptivos e mudanças sociais causadas pelo avanço da tecnologia vão mudar completamente o modo de atuação dos advogados.
As máquinas, os softwares e a inteligência artificial vão livrar os advogados de tarefas repetitivas, cansativas e burocráticas que demandam muito tempo desses profissionais. As atividades periféricas à função do advogado, como preenchimento de procurações, digitalização de documentos, análise de dados, realização de cálculos, pesquisa de jurisprudências dentre outras, serão realizadas agora por essas ferramentas.
A Advocacia tradicional do jeito que conhecemos vai sofrer e já vem sofrendo grandes transformações. Mas, o advogado será sempre essencial ao Direito, e certamente não deixará de existir.
O foco das startups jurídicas é trazer para o mercado legal otimização na rotina de trabalho dos advogados e não acabar com a profissão. Atividades que são feitas de forma lenta e manual, consumindo muito tempo do profissional, agora podem ser realizadas de forma mais rápida e tecnológica.
Portanto, o objetivo dessas empresas é utilizar a tecnologia para colocar à disposição dos profissionais do Direito mecanismos, conteúdo e ferramentas que otimizem o seu tempo de trabalho e que torne a sua rotina mais prática e produtiva.
Texto original de Isabela Morgana Soares, publicado no Linkedin
Nossas novidades direto em sua caixa de entrada.