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Advogados contra a Tecnologia: as máquinas irão substituir os advogados?

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Imagem: Pixabay
Imagem: Pixabay

A inovação e a adoção de novas ferramentas tecnológicas estão em ascensão em todos os setores econômicos e nas mais diversas atividades cotidianas da sociedade. Isso suscita questionamentos relevantes para o campo do Direito, abrangendo desde a criação de novos modelos empresariais e práticas jurídicas até os conflitos decorrentes dessa onda de transformação.


Assim como ao longo da história, a relação entre Direito e tecnologia representa uma relação de poder. A tecnologia não apenas serve como suporte para a humanidade, mas também amplia o potencial do poder humano em todas as suas dimensões. Qualquer mudança radical que impacte a sociedade afeta diretamente a prática e ética jurídica.


Atualmente, é comum os profissionais do Direito utilizarem ferramentas como evidências de câmeras de vigilância, processos eletrônicos e ambientes virtuais para a prática advocatícia, além do crescente uso de publicações eletrônicas, substituindo os processos físicos e diários impressos. A tecnologia permite consultas eletrônicas dos autos processuais em tempo real, de qualquer lugar do mundo.


No entanto, muitos profissionais jurídicos sentem insegurança diante desses avanços tecnológicos, temendo que a inteligência artificial e os progressos tecnológicos os tornem dispensáveis. É fundamental superar a mera técnica e dominá-la, evitando ser dominado por ela. A verdadeira compreensão do Direito
requer habilidades interpessoais que apenas os seres humanos possuem. Quando se trata de atividades fora do âmbito humano, essas ferramentas se limitam a tarefas automáticas como a aplicação direta de textos legais, algo facilmente realizável por máquinas.


O mundo do Direito está intrinsecamente ligado à interpretação, à criatividade e ao desenvolvimento de um raciocínio jurídico que máquinas ou inteligência artificial jamais poderiam alcançar. Não existe uma resposta pronta para questões jurídicas, sendo essencial analisar cada caso individualmente, com empatia e inteligência emocional. Não há um modelo pré-determinado para essa tarefa.


A ciência jurídica sempre se adaptou a diferentes sociedades, dinâmicas e grupos sociais, e a tecnologia certamente não mudará isso. O objetivo do Direito continuará sendo a busca pela convivência harmoniosa na sociedade e a garantia dos direitos humanos, mesmo com os desafios jurídicos e conflitos decorrentes do uso da tecnologia, os quais tendem a aumentar. Isso ressalta a importância da adaptação constante e da capacitação dos profissionais para lidar com esses novos conceitos e demandas.


A título de exemplo, o podcast “Legalcast Mackenzie”, que oferece conteúdo jurídico inovador por meio de entrevistas com profissionais tanto da área tecnológica quanto jurídica, é um exemplo positivo do uso da tecnologia nesse campo. O podcast é extremamente útil para professores, acadêmicos e especialistas que desejam aprimorar habilidades técnicas e interpessoais, comunicação e conhecimento, aprendendo por meio de “cases” de sucesso e conselhos de especialistas em diversas áreas.


Portanto, é crucial que os operadores do Direito busquem avançar e se adaptar, procurando atender às necessidades sociais, econômicas e políticas com o auxílio dessas inovadoras ferramentas, que podem ser utilizadas de forma construtiva para o desenvolvimento de uma sociedade mais receptiva e preparada para crescer ainda mais.


Legalcast Mackenzie:

Pedro Soares Galvão, fundador e host do Legalcast Mackenzie e coordenador do Legal Hackers Mackenzie, atua na área de privacidade, Direito Digital e Legal Operations.

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