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Procure nos livros a definição para “integridade” e você descobrirá que ela vem do latim integritate; que é “a qualidade daqueles de conduta reta, de honra, ética, educada e briosa”. Pode nos passar, inclusive, uma imagem de inocência, de pureza de alma e de espírito. “Integridade é a soma de todos os valores absolutos, de todas as virtudes. É a ausência de falhas de caráter, de medo, de pensamentos e emoções negativas. Integridade é perfeição, inteireza, unicidade e completude. Na Matemática e na Geometria, é o círculo perfeito, o 100% ou o 1 inteiro e completado”, me complementa Luiz Fernando Lucas, advogado, palestrante escritor e pensador. Lucas é autor do livro recém-lançado A Era da Integridade – e o Emergir do Homo conscious (Ed. Gente), uma consequência de sua busca por respostas para os problemas do mundo e os seus próprios. “Compreendi que fazer a coisa certa, apenas por ser o certo, era o único caminho para me gerar paz interior, abundância, felicidade e sentido na vida.”
Segundo Lucas, integridade não tem a ver com cargos, salários, número de seguidores ou algo semelhante. Pode ser alcançada independentemente de sua posição socioeconômica ou cultural: “Ela, inclusive, guarda ligação com a origem do termo ‘indivíduo’, que vem de indivisum, aquele que é uno, indivisível. Note que indivíduos íntegros sempre mudam a História para melhor”.
Haveria povos mais íntegros do que outros? Sim, afirma ele, contudo, em aspectos distintos: “Vemos povos que já não toleram corrupção, por exemplo. Outros têm uma consciência maior em relação à integração com a natureza. Os que mais estão próximos de uma cultura de integridade são vistos também nas cidades ‘mais felizes do mundo’. Nesses locais, confiança mútua, uma cultura de valores e cooperativa em sociedade, levam a uma maior integridade e, por consequência, à paz, abundância e felicidade”.
Estamos exagerando quando dizemos que, em um mundo tão polarizado e cada vez mais barulhento, a integridade se perdeu? “Certamente vivemos em tempos de extrema polarização, mas não em todos os lugares. Nas cidades mais felizes do mundo, onde há também confiança em maior grau, a polaridade é bem menor, fruto da consciência e do saber viver em coletivo. Ali não se perdeu a integridade, na verdade, os extremos servem para trazer mais clareza para aqueles que ainda não notaram a fragilidade de se apegar a qualquer polaridade”, me detalha Lucas, que se define como um “filósofo de ação” e um “sonhador pragmático”.
Como contraponto aos extremos, me recorda o autor, cresce exponencialmente a busca pelo equilíbrio, autoconhecimento, vida saudável, meditação, consciência e espiritualidade em nível global: “Nas esferas pública e privada, surgem Leis anticorrupção, compliance e pilares como o ESG (Environmental, Social and Governance ou governança sociocorporativa). Empresas de impacto e o capitalismo consciente ditam o novo comportamento corporativo, indicando uma tendência de busca por integridade para onde se olha”.
Dilema à vista: afinal, se nasce ou se torna íntegro? “É uma pergunta filosófica por natureza. Compreendo que nascemos inteiros, entretanto somos influenciados pelo meio, por crenças limitantes, dogmas e cultura e, acima de tudo, somos contaminados pelo medo. Isso tira o ser humano de sua integridade original e cabe esforço e determinação para voltar a ela”. O homo sapiens sapiens (“que sabe” e que “sabe que sabe”) gerou a era do conhecimento e da informação, mas não trouxe paz, abundância e felicidade para todos, me diz Lucas. “Agora, por observação e autoconhecimento, subimos um degrau e passamos a ter consciência de nós mesmos e de nosso papel no coletivo. Somos homo conscious.”
E é justamente esse homem mais desperto que ditará os rumos da Era da Integridade, aponta o escritor: “Como estamos bem em seu início, ainda vemos muito extremos, polaridade e ausência de Justiça se manifestando. Temos, contudo, exemplos e busca por valores e consciência que levam à integridade. Em uma perspectiva histórica, tenho convicção de que, no futuro, estudaremos esse momento como início da Era da Integridade”.
Texto original de Mark Tawil, publicado pela Época Negócios
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